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    Alex Solnik

    Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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    Sem Pompeo, Bolsonaro fala bem dos Estados Unidos e mal do Brasil

    Colunista Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, critica mais uma "viagem inútil" de Bolsonaro, pela segunda vez nos EUA, e questiona "quanto dinheiro público foi jogado no lixo". "No discurso de agradecimento pelo prêmio Personalidade do Ano que recebeu da Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Dallas, depois de ser rejeitado e expulso de Nova York, ele aproveitou para falar bem dos Estados Unidos, mal do Brasil e deturpar a história", diz ele

    Sem Pompeo, Bolsonaro fala bem dos Estados Unidos e mal do Brasil (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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    Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - Presidentes não costumam tocar em assuntos internos do país em viagens ao exterior. Muito menos criticar seus cidadãos, empresas ou instituições. Mas Bolsonaro não é um presidente como outros.

    No discurso de agradecimento pelo prêmio Personalidade do Ano que recebeu da Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Dallas, depois de ser rejeitado e expulso de Nova York, ele aproveitou para falar bem dos Estados Unidos, mal do Brasil e deturpar a história.

    Disse que os governos que o precederam estavam com as mãos sujas de sangue e citou como exemplo o assassinato do capitão norte-americano Charles Chandler, a quem homenageou.

    Só que o fato aconteceu nos anos 70, quando nem Lula nem Dilma estavam no poder e sim os generais da ditadura. Nem tiveram nada a ver com esse episódio.

    Chamou a mídia brasileira de desonesta: "se fosse isenta já seria um grande feito". Prestou continência à bandeira americana, o que ainda justificou e confirmou total vassagalem aos "irmãos do Norte".

    O outro premiado, o secretário de Estado Mike Pompeo, deu o bolo. Mandou representante. O clima foi de constrangimento. Em vez de jantar para 1000 talheres, como estava previamente programado, em Nova York o prêmio foi entregue em cerimônia acanhada e constrangedora numa pequena sala.

    Não ficou claro por que a homenagem foi feita nos Estados Unidos e não no Brasil, uma vez que a entidade que homenageou é brasileira e o agraciado norte-americano não iria.

    Não se sabe quanto dinheiro público foi jogado no lixo nessa viagem inútil e mais uma vez prejudicial à imagem do Brasil.

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    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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