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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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Sem rachadinha, sem boçalização e com Bolsonaro na prisão, Lula recupera essa nação

Bolsonaro tenta emplacar uma versão 'miliciano paz e amor'. Mais canalha e dissimulada impossível

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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Parece que a pesquisa Datafolha que mostrou o crescimento de Lula e a possibilidade de ele vencer a eleição ainda no primeiro turno, mexeu bastante a estrutura do bolsonarismo. Tanto, que o marketing do governo resolveu apelar e transformar um dos homens mais insensíveis e obtusos que já habitaram este planeta, em um tiozão boa praça que reúne os jovens a sua volta para lhes contar histórias, dar-lhes conselhos sobre o futuro e ensiná-los a ter fé em Deus. Usando o slogan: “Sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração, ninguém segura nação”, o espírito sem luz responsável pela morte de milhares de pessoas, graças a sua incompetência, a sua negligência e ao seu descaso no combate à covid, tenta emplacar uma versão miliciano paz e amor que dialoga com a população mais pobre e está preocupado com a sua qualidade de vida e bem-estar. Mais canalha e dissimulada impossível.

A tentativa de humanizar Jair Bolsonaro, o apresentado como um pai de família de comercial de margarina, é patética e paradoxal. É o mesmo que colocar um cafetão para estrelar uma campanha publicitária de combate ao meretrício ou escalar Breno e padre Júlio (que não é o Lancelotti) como protagonistas no dia do orgulho hétero. É vergonhoso e imoral, vermos um político que sempre fez questão de demonstrar o profundo desprezo que sente pelos mais pobres, fazendo o empático e tomando para si a iniciativa de oferecer o auxílio emergencial durante a pandemia e a “revitalização” do Bolsa Família, agora batizado como Auxílio Brasil. Como se ninguém soubesse que ele e Paulo Guedes, foram contra o pagamento do Auxílio Emergencial durante a pandemia, e, quando “convencidos” pelo congresso de que era necessário, queriam dar míseros 200 reais de benefício à população.

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Sem falar que Jair Bolsonaro sempre foi um crítico feroz do Bolsa Família, quando era deputado federal. Chegando a dizer que o benefício estimulava a procriação das mulheres mais pobres para aumentarem a renda, uma vez que o seu recebimento estava condicionado ao número de filhos. Hipócrita e mentiroso, ele acaba por recorrer às velhas táticas populistas as quais um dia ele prometeu eliminar do sistema político. Pior do que isso, usa os pobres que ele sempre ignorou para tentar ganhar prestígio com a proximidade das eleições. Mas não foi Bolsonaro quem disse que “quem gosta de pobre é o PT”? Não foi ele também quem disse que pobre não está preparado para receber educação e que é perda de tempo investir em sua educação? No entanto, foi Bolsonaro que também disse que “pobre só tem uma utilidade nesse país. Votar”, e, ao que tudo indica, ele quer se aproveitar da única serventia que a parte menos favorecida da população tem para ele. Resta saber se o povo vai cair nessa marmota publicitária.

Goebbels ficaria orgulhoso da propaganda bolada pelo publicitário do PL, Duda Lima. Ele também costumava criar cenários lúdicos para que Hitler se colocasse em igualdade de condições com outros seres humanos. Principalmente, com as crianças. O nome de Deus, os valores cristãos e a defesa da família tradicional, seguem como bandeiras em seu discurso, mas os números da pesquisa do Datafolha mostram que boa parte dos cristãos já se deram conta de que ele não passa de um fariseu neoliberal. 54% dos católicos preferem Lula, enquanto 23% ainda acreditam em Bolsonaro. Entre os evangélicos, meio em que o atual presidente prevalecia graças ao apoio de figuras tão nefastas quanto ele, casos de Silas Malafaia e Edir Macedo, por exemplo, há um empate técnico. 39% para Bolsonaro, contra 36% de Lula. De tanto repetir João 8:32, Bolsonaro parece estar fazendo o povo de Deus conhecer a verdade a seu respeito e buscar se libertar de suas garras fascistas e antidemocráticas.

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Ao que parece, a equipe de marketing do capitão cloroquina pretende investir pesado na artificialidade do seu bom mocismo. Resta saber quanto tempo irá durar essa versão Madre Tereza de Calcutá do genocida de estimação da elite golpista. Quem conhece a peça, sabe que o seu próximo arroubo autoritário é logo ali e ele não hesitará em cuspir farofa e os seus costumeiros impropérios para todo o lado. O desespero bateu na porta do Alvorada e foi convidado a entrar e sentar-se à mesa para tomar um café e comer um pão com leite condensado na companhia do ainda hóspede daquele lugar. Em breve, ali não será mais a sua residência oficial e o desespero terá que visitá-lo em lugar mais distante e menos acolhedor. A prisão. Um lugar mais do que justo para o seu merecido descanso, depois de todas as maldades e de todos os absurdos cometidos em seu governo. O Brasil não merecia ter passado por isso.

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