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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Sergio Moro é a raposa tomando conta do galinheiro

"Sergio Moro precisa ser afastado do cargo, onde tem atuado como a raposa no galinheiro", diz a jornalista Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, ao elencar as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro

(Foto: MJSP)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

“Para situações excepcionais, medidas excepcionais”. As palavras podem não ter sido exatamente estas, mas a ideia, sim. Com este “Norte” o ex-juiz Sergio Moro perseguiu o seu objetivo: colocar o ex-presidente Lula na cadeia, não se importando se o seu propósito cabia ou não na Constituição do país. O que contava era caber na sua biografia. E dele se pode dizer tudo, menos que não manteve a coerência e a determinação.  

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Desde o dia 4 de março de 2016, quando conduziu o ex-presidente Lula coercitivamente, para uma sala do Aeroporto de Congonhas, onde um avião os aguardava numa das pistas, para levá-los a Curitiba, num caso “excepcional” que se caracterizaria como um sequestro, que o coordenador da Lava-Jato (é nesse papel que ele aparece nas gravações divulgadas pelo site The Intercept), tem feito uma escalada nas transgressões.  

Depois da condução coercitiva, sem que tivesse nem sequer convocado o ex-presidente para depor e este se recusado – e só então poderia usar desse artifício -, grampeou por longo período as conversas telefônicas dos advogados responsáveis pela defesa de Lula. Grampeou sem autorização ou motivo conversas telefônicas da D. Marisa com os filhos e, por fim, grampeou e vazou conversas da então presidenta da República, Dilma Rousseff, pelo que deveria ter sido processado, caso o Judiciário não estivesse comprometido com o golpe em marcha, que a alcançou em agosto daquele ano.

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Lançou mão de “convicções” e elementos frágeis para formar a culpabilidade de Lula no processo do tríplex do Guarujá, que nunca pertenceu à família Da Silva. Contaminou todo o processo, que deveria ser anulado, se não tivéssemos um general Villas Boas de plantão, exigindo a condenação de Lula, sob pena de sabe-se lá que atitudes tomaria com suas tropas.

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Ontem, em cerimônia na Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro, ao falar com a imprensa sobre a ameaça de Moro de destruir o material coletado pela Polícia Federal, com os hackers, Jair Bolsonaro reiterou sua confiança no atual ministro da Justiça: “O Moro não fará nada que a lei não o permita fazer”. Agora, que está contra a parede, com o seu capital político se esvaindo, é bom não ter tanta certeza. Não duvidem se ele tentar mais uma de suas manobras para fazer algum desejo caber dentro da lei.  

Para quem, em estado febril, típico de quem está contra a parede, editou uma medida - a 666 - para tentar a expulsão do jornalista Glenn Greenwald, responsável pelos vazamentos que o comprometem, não será nenhuma surpresa se vier por aí mais uma de suas “excepcionalidades”. E a nossa Constituição, tão belamente construída, fruto de Constituinte, com ampla participação dos vários segmentos da sociedade, vai ficando como uma idosa vítima de plástica malfeita. E se com a autoestima elevada, em êxtase com o sucesso, Moro já metia o pé na porta e atropelava as leis, agora, acuado e se alternando entre os papéis de vítima, investigador e acusador, não vai titubear em reforçar esta lista, ampliando um que conhece bem: o de “transgressor”. Por tudo isto, Sergio Moro precisa ser afastado do cargo, onde tem atuado como a raposa no galinheiro.

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