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Sandro Cezar

Presidente licenciado da CUT-Rio

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Servidores Públicos: a tragédia do endividamento e de ausência de assistência à saúde

No setor público, o congelamento salarial levou à maior queda do poder de compra da história dos salários dos servidores públicos federais

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Após 7 anos sem reajustes no executivo federal, servidores de inúmeras carreiras têm enfrentado uma situação limite: ou mantém o sustento da família, ou custeiam quase que integralmente os planos de saúde.

O governo do Bolsonaro anunciava constantemente o avanço da redução dos gastos com servidores públicos como algo positivo, o que nem de longe é verdadeiro. Atualmente vivemos uma espécie de apagão em diversas áreas do serviço público, como na concessão de benefícios previdenciários e na área ambiental, onde há falta de profissionais para fiscalizar a mais vil política de destruição da natureza que assusta o mundo. Tudo isso num contexto em que vivemos com a maior taxa de juros do mundo que tem prejudicado, e muito, as famílias brasileiras.

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No setor público, o congelamento salarial aliado à facilidade de aquisição de empréstimos, a supostos juros mais baixos na modalidade de consignado em folha, levou à maior queda do poder de compra da história dos salários dos servidores públicos federais.

De outro lado, no mesmo período histórico, houve o maior crescimento dos reajustes de planos de saúde já experimentado no Brasil, sem incremento nos recursos do governo para custeio dos seguros para os servidores públicos federais. Ano após ano, o auxílio para pagamento dos planos vem sendo repassado diretamente para os bolsos dos servidores federais, levando à cruel equação onde a maioria foi obrigada a abandonar os mesmos por não ter como arcar com as mensalidades.

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Nos últimos 30 anos muito se falou publicamente de pseudos privilégios dos servidores públicos federais, inclusive, fazendo uma falsa relação com a ineficiência estatal no que diz respeito à prestação de serviços à sociedade. A pergunta que sempre tenho em mente é a seguinte: onde mora o privilégio daquele que não tem acesso à política habitacional, não tem FGTS, não tem o benefício saúde pago pelo empregador, não tem direito a negociação coletiva, não tem data base e nem recomposição das perdas salariais?

Hoje, seguramente, 80% dos servidores federais vivem com cerca de 60% dos valores dos seus vencimentos, pois o restante está comprometido com as consignações facultativas e obrigatórias. De outro giro também é correto afirmar que 70% dos servidores não possuem mais assistência à saúde pelos motivos já apontados.

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Não há outra saída: é preciso instituir uma política de recuperação salarial, aliada à aplicação de um modelo de custeio de benefício a saúde, condizente ao já praticado aos empregados das estatais mantidas pelo governo federal, aonde cada parte financia 50% do plano.

Em relação ao endividamento, é necessário ter um programa como o “Desenrola Brasil” para os servidores federais. Inclusive com a imediata mudança na margem consignável atualmente direcionada a empurrar o servidor para o cartão consignado, cuja taxa de juros já é quase o dobro dos empréstimos em folha.

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Não podemos naturalizar o que aconteceu com os servidores federais em relação aos planos de saúde. A maioria, após dezenas de anos de contribuições mensais, foi literalmente expulsa pela política de aumento de preços e ausência de financiamento do governo.

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