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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Significado da substituição de Lula por Fernando Haddad

No cenário mundial com a decadência do imperialismo e, ao mesmo tempo, com sua fúria bélica, só o povo mobilizado sem deixar as ruas é que se pode evitar o processo continuado de golpes e de assaltos ao nosso país e ainda avançarmos

Significado da substituição de Lula por Fernando Haddad (Foto: Divulgação/João Valerio)
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Prezado jovem advogado Renato Almeida Jr, Curitiba, PR

Acompanho solidariamente o teu caso, querido sonhador e lutador jovem negro.

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A violência de que foste vítima se inscreve no contexto de perseguição que os fascistas e golpistas tentam impor ao povo e aos seus líderes.

Solidarizo-me contigo e com tua família, meu irmão. Foste corajoso em não fugir dos bandidos e criminosos,  empregados em cargos públicos para se vingarem do povo e prestarem serviços sujos aos covardes da elite que se escondem no uso da atuação alienada deles.

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Não fugiste da praça mesmo sob tiroteio nem te subsumiste no porta malas do camburão, viatura para transportar assassinos e agressores sociais.

Colocado como coisa mórbida de lá gritaste ao mundo através de teu celular para denunciar o racismo e a perseguição em forma de violência.

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Daqui vai minha torcida para que o povo do Paraná perceba o que te aconteceu e te eleja como um de seus melhores deputados. O povo merece na Assembleia um jovem corajoso, lutador e ousado.

Tua situação nesta conjuntura se soma à prisão do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esse escândalo que esbofeteia o direito, a verdade, a pátria e o mundo.

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O judiciário brasileiro com seu complexo escreve a pior peça para a história e comete o mais ignominioso crime contra o povo brasileiro.

Se me lês e me assistes há algum tempo percebes que a análise aqui é de que boa parte da chamada esquerda brasileira, principalmente a  dos militantes mais velhos, vem da autocrítica da linha militar que levou os partidos de ação guerrilheira a abrir mãos da luta armada pela mobilização popular.

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Desde a década de 80 os partidos ingressaram nos movimentos sociais e frentes de massas para derrubar a ditadura e substituí-la pela via eleitoral.

Chegando ao poder,  grupos de esquerda se afastaram das mobilizações e, como os partidos liberais e de direita, só voltavam ao povo por ocasião das campanhas eleitorais.

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Os mandatos parlamentares viraram trincheiras de disputas de correntes, sempre cada uma imaginando um povo sem povo e sem Brasil.

Parece-me triste que a esquerda virasse “esquerda eleitoral” sem o ímpeto militante para derrubar a estrutura capitalista dominante e apodrecida.

Golpeados nesse contexto, vemo-nos sem o povo e o povo sem lideranças militantes, articuladoras, organizativas, críticas e revolucionárias.

Golpeados vemo-nos sem justiça e sem instituições democráticas  porque, sem o povo,  nos deixamos assaltar sem resistência e sem a energia popular.

Regredimos aos anos 80. Lá precisávamos nos inserir no meio do povo para mobilizá-lo, para ganha-lo para a luta. Para as mobilizações articulávamos com Deus e o diabo  para obtenções de transportes, alimento e alojamentos. Tornamo-nos muito bons naquele processo. Como resultado contávamos com a alegria do povo que participava e com sua crescente adesão à luta.

Com as eleições sequestradas pela barbárie golpista em 2016, que tomou conta dos três poderes da república, nosso regresso político aos anos 80 “capengueia”. A esquerda eleitoral apega-se a campanhas e não percebe a necessidade imperiosa de voltarmos a mobilizar o povo para que este reconquiste as eleições e lhes dê conteúdo político sério na derrubada do golpe.

É ai que se desenha a prisão do nosso maior líder Luiz Inácio da Silva. É aí que  Fernando Haddad o substitui.

Os discursos cansam com sua marca de que estas eleições são as mais importantes da história de Brasil. Trocam a mobilização pelas eleições, cometendo erro que poderá se agravar depois das eleições, Haddad eleito ou não.

O povo merece e precisa se mobilizar antes e depois das eleições. Costumo dizer que a elite brasileira, com sua falta de caráter patriótico e de interesse político pela  economia social e justa, no seu desvario e estupidez, não brinca nos males que faz. Quem brinca é a esquerda.

As eleições clamam por libertação. Libertação é a marcha do povo organizado, politizado, unido, forte, crítico, sem espaços para lixos como Globo, Bolsonaro, Alckmin, Álvaro Dias, Mourão, Villas Bôas e outros aventureiros.

No cenário mundial com a decadência do imperialismo e, ao mesmo tempo, com sua fúria bélica, só o povo mobilizado sem deixar as ruas é que se pode evitar o processo continuado de golpes e de assaltos ao nosso país e ainda avançarmos. Cuba, Bolívia, Venezuela, a República Democrática da Coreia e outros nos mostram exemplos vigorosos de mobilização e organização popular, barrando vigorosamente as invasões imperialistas, sempre criminosas e assassinas dos povos e das nações, como acontece com os Estados Unidos invadindo Iraque, Líbia, Síria etc. .

Enfim, Fernando Haddad substitui Lula nesse contexto terrível que pede luta responsável, mais do que campanha eleitoral com as pessoas desmobilizadas e em casa a espera de um milagre.

Minha consciência pessoal se move em paz porque ajo em favor e com nosso povo, independentemente de calendários eleitorais e de candidaturas. Mas isso tem que ser para todo o povo.

Força aí na luta, meu irmão Renato.

Abraços críticos e fraterno.

Dom Orvandil, bispo cabano, farrapo e republicano.

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