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Markus Sokol

Membro do Diretório Nacional do PT

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Sim, é possível vencer Bolsonaro!

Bolsonaro é um aspirante à "bonaparte" - de Luis Napoleão, o sobrinho do Bonaparte, que se fez coroar Imperador - sem dúvida muito perigoso, mas que, mesmo depois do duro golpe da reforma da Previdência na Câmara, teria que percorrer um caminho para destruir as organizações populares e se impor

Ou a democracia barra Bolsonaro ou Bolsonaro barra a democracia (Foto: Adriano Machado - Reuters)
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É ainda mais possível, depois que, na Argentina, a eleição primária ontem apontou para a derrota em outubro de Macri, o primo de extrema-direita entreguista, do obscurantista e pró-imperialista Bolsonaro, quem, aliás, foi lá com seus generais apoiá-lo. Aqui, agora, são menos decisivo os limites do peronista Alberto Fernandez, que sai favorito da primária, do que registrarmos: os governo abertamente pró-imperialistas podem, devem e vão ser derrotados!

Essa convicção integra o fato de que Bolsonaro, embora mais autoritário é, também, mais frágil. Afinal, os pró-imperialistas, aqui, tiveram que recorrer à fraude: prendera m o favorito na pesquisa eleitoral, Lula, e alavancaram ilegalmente as fake news desde o exterior, para ganhar do PT a eleição presidencial. 

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Bolsonaro é um aspirante à "bonaparte" - de Luis Napoleão, o sobrinho do Bonaparte, que se fez coroar Imperador - sem dúvida muito perigoso, mas que, mesmo depois do duro golpe da reforma da Previdência na Câmara, teria que percorrer um caminho para destruir as organizações populares e se impor.

A principal organização política de trabalhadores, o PT, abriu o seu 7o Congresso Nacional "Lula Livre", previsto para novembro, onde a luta contra o governo está na pauta. Ela integra a incontornável questão de "como foi possível chagarmos nesta situação?" .Estará o PT em condições de fazer todo o debate, para tomar a frente nesta luta ampla e unitária, e ajudar a levá-la até o fim?
A questão interessa aos amigos e simpatizantes do partido, mas também a todo cidadão preocupado com o futuro do país. Afinal, se trata do partido com maior bancada na Câmara dos Deputados, o único organizado em todo o território, apesar da perseguição sofrida. As deliberações começam agora, dia 8 de setembro, no "processo de eleições diretas" aberto a 2 milhões de filiados, para diretórios e delegados às instâncias superiores. Nesse polêmico sistema, participaram mais de 300 mil no 6o Congresso (2017).

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A grande imprensa já começou a falar do Congresso, filtrando o que lhe interessa, em geral começando pelo "fim", a eleição do presidente do PT, cuja inscrição de candidatos nem se fez (estão inscritas chapas de delegados com base em teses). Essa é uma distorção vertical e mandonista, conforme à maioria dos partidos do país, um traço da "velha política" que, depois, a mesma imprensa vai atribuir ao PT... Mas passemos.

Resumo, abaixo, uma das nove teses nacionais inscritas, a tese do Diálogo e Ação Petista para a eleição de delegados nacionais. Ela se caracteriza por abrir, já chamando à luta “Pelo fim do governo Bolsonaro” para concluir que “Sim, é possível vencer Bolsonaro e os golpistas!”, e por buscar "no balanço dos anos de governo do PT" uma raiz da situação atual. A orientação ousada se baseia em 7 Pontos, formulados com base numa análise da conjuntura nacional e internacional, com algumas propostas.

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7 Pontos para o 7o Congresso

Degrada-se a situação social, e se aprofunda o estado de exceção aberto pelo golpe do impeachment. Vivemos sob instituições golpistas que mantém Lula preso: um governo cavernoso, militarizado e vende-pátria; um Congresso o mais reacionário da história recente; e um Judiciário manipulado pelo Departamento de Justiça dos EUA.

Bolsonaro é um governo autoritário, com apoio do “mercado”, que tenta amputar os sindicatos, criminalizar o movimento popular e destruir o PT, mas é frágil pela origem na fraude e pela coalizão improvisada. Hoje, ele tenta forjar uma turba num movimento de rua para sustentar seu discurso, recorrendo à diversos tipos de mistificações.

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Por outro lado, ocorreram grandes manifestações em centenas e centenas de cidades, desde a paralisação nacional em 15 de maio contra os cortes na educação pública, até os atos da jornada do dia 30 de maio, e, sobretudo, a greve geral de dezenas de milhões contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, no dia 14 de junho.

Todas essas mobilizações revelam uma disposição de luta e de resistência popular que pode ser desenvolvida para virar o jogo. Não é fácil, mas é disso que se trata. 

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Sem dúvida, essas mobilizações se integram à uma resistência mundial mais ampla, às vezes explosiva, que, apesar de todas as dificuldades, é desenvolvida pelos povos nas condições de cada país – seja na Venezuela ou no México, na França ou na Argélia -, para ficar em alguns exemplos de enfretamento da política nefasta do imperialismo.

Propomos ao Congresso do PT:

• A luta pelo fim do governo Bolsonaro, em defesa dos direitos e da democracia, concentrada na exigência da imediata libertação de Lula, com a anulação dos processos e a responsabilização pelos atropelos da Operação Lava-jato, comandada pelo ex-juiz Moro. Não cabem ilusões na cúpula militar, selecionada na equivocada ocupação do Haiti. Um impeachment para alçar o vice-presidente, general Mourão, continuaria o mesmo programa de crise para o povo.

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• Sair da crise passa por defender a Soberania Nacional e resgatar as estatais estratégicas para o desenvolvimento – a reestatização da Vale, por exemplo, é uma questão de vida para os trabalhadores e o povo do entorno, e para a preservação ambiental, contra a política predatória; assim como a recuperação da Petrobras e do marco regulatório do Pré-sal são vitais.

• Sair da crise passa por superar a estagnação que agiganta o desemprego e o desalento, e combater a enorme desigualdade social, com uma política que recupere o reajuste real do salário mínimo e enfrente a exigência de superávit fiscal primário do “mercado”.

• Para sair da crise é preciso um governo democrático e popular, encabeçado pelo PT, com Lula Livre, que restabeleça os programas sociais legados por nossas administrações dos quais nos orgulhamos; um governo que recupere o serviço público e a educação pública, retome a demarcação das terras indígenas, defenda a Amazônia; e revogue as PECs e os decretos anti-povo de Temer e Bolsonaro.

• Para isso e as reformas populares – como a agrária, da mídia, jurídica e militar – é preciso uma profunda reforma política do Estado que mude radicalmente as instituições, pela convocação da Assembléia Constituinte Soberana, com a legitimidade de um novo governo e Lula Livre. A experiência mostra que pela conciliação não se avança!

• Nas eleições municipais lançar candidaturas próprias do PT onde for possível, numa frente anti-imperialista contra Bolsonaro e os golpistas, com partidos como PCdoB e PSOL e setores populares do PSB, PDT e outros, abandonando o aliancismo conciliador que nos fez tanto mal.

• Está na ordem do dia, prosseguir no caminho aberto pelas resoluções do Congresso de 2107, para aprofundarmos a defesa do PT como partido democrático, popular e socialista. É preciso avaliar os acertos e erros da nossa trajetória no balanço dos anos de governo do PT, como começou a fazer aquele 6º Congresso.

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