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Mauro Nadvorny

Mauro Nadvorny, é Perito em Veracidade e administrador do grupo Resistência Democrática Judaica". Seu site: www.mauronadvorny.com.br

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Sionismo socialista para leigos, ou tudo que a esquerda antisionista deveria saber

A história do Sionismo Socialista não estaria completa sem mencionar a figura de Moses Hess, um filósofo franco-judeu e um dos fundadores do Sionismo Trabalhista. Influenciou dois dos maiores personagens da história do comunismo e com eles conviveu, Marx e Friedrich Engels com quem acabou entrando em conflito

A história do Sionismo Socialista não estaria completa sem mencionar a figura de Moses Hess, um filósofo franco-judeu e um dos fundadores do Sionismo Trabalhista. Influenciou dois dos maiores personagens da história do comunismo e com eles conviveu, Marx e Friedrich Engels com quem acabou entrando em conflito (Foto: Mauro Nadvorny)
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A história do Sionismo Socialista não estaria completa sem mencionar a figura de Moses Hess, um filósofo franco-judeu e um dos fundadores do Sionismo Trabalhista. Nascido em 1812 e morto em 1875, influenciou dois dos maiores personagens da história do comunismo e com eles conviveu, Marx e Friedrich Engels com quem acabou entrando em conflito.

O pai de Hess era um rabino, mas nunca exerceu a profissão. Recebeu uma educação religiosa de seu avô e foi estudar filosofia na Universidade de Bonn, não concluindo o curso.

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Ele se casou com uma pobre costureira católica, Sibylle Pesch, "para corrigir a injustiça perpetrada pela sociedade". Apesar de permanecerem felizes no casamento até a morte de Hess , ela teria tido um suposto caso com Friedrich Engels quando ele a contrabandeou da Bélgica para a França para se reunir com o marido. O incidente pode ter sido uma das razões para Hess se separar do movimento comunista .

Hess foi um dos primeiros proponentes do socialismo e precursor do que mais tarde seria chamado sionismo. Como correspondente do Rheinische Zeitung, um jornal radical fundado por empresários liberais renanos (Renania), morou em Paris. Como amigo e colaborador de Karl Marx (que também trabalhou no Rheinische Zeitung) e Friedrich Engels. Foi Hess quem introduziu Engels, no comunismo no início da década de 1840.

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Mas Marx e Engels se tornariam bem conhecidos por sua abordagem inconstante e combativa de colegas socialistas que demonstraram insuficiente concordância com sua própria forma de socialismo. No final da década de 1840, eles haviam rompido com Hess. Eles zombaram dele, primeiro pelas costas e depois abertamente. O trabalho de Hess também foi criticado em parte pela The German Ideology por Marx e Engels.

Este rompimento teve como origem o fato de Hess relutar em basear toda a história nas causas econômicas e na luta de classes (como fizeram Marx e Engels), e ele passar a ver a luta das raças, ou nacionalidades, como o fator primordial da história. Hess seguiu contemporizando com Marx em várias questões.

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Entre 1861 a 1863, ele viveu na Alemanha, onde se familiarizou com a crescente onda de antissemitismo alemão. Foi então que ele voltou ao seu nome judaico Moses (Moisés), depois de aparentemente ter adotado o nome de Moritz Hess em protesto contra a assimilação judaica. Ele publicou Roma e Jerusalém em 1862, onde interpreta a história como um círculo de raça e lutas nacionais. Ele contemplou a ascensão do nacionalismo italiano e a reação alemã a ele, e a partir disso chegou à ideia do renascimento nacional judaico e ao seu entendimento precavido de que os alemães não seriam tolerantes com as aspirações nacionais de outros e seriam particularmente intolerantes com os judeus. Seu livro pede o estabelecimento de uma comunidade judaica socialista na Palestina, alinhada com os movimentos nacionais emergentes na Europa como única maneira de responder ao antissemitismo e afirmar a identidade judaica no mundo moderno.

Apesar de previsão de Hess, a imensa maioria dos judeus alemães estava empenhada na assimilação cultural e não atendeu aos seus avisos. Seu trabalho não estimulou atividade política ou discussão.

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Quando Theodor Herzl leu Roma e Jerusalém pela primeira vez, escreveu que "desde Espinosa que os judeus não tinham um pensador maior do que aquele esquecido Moses Hess". Ele disse que talvez não tivesse escrito Der Judenstaat (O Estado Judeu) se tivesse conhecido Roma e Jerusalém de antemão.

Causa espécie o fato da esquerda desconhecer Hess. Até mesmo o recente filme "O Jovem Marx" não o menciona.

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Quando menciono os precursores do movimento sionista socialista tenho em mente esclarecer os fatos históricos e demonstrar de uma vez por todas que nem todo sionismo corresponde a doutrina religiosa ou de direita. Que o sionismo como movimento nacional judaico, sempre teve suas diversas correntes de pensamento, como todo movimento nacionalista.

Nós não somos nem melhores, nem superiores aos nossos pares da esquerda, somos iguais e como iguais exigimos sermos tratados.

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