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      Alex Solnik

      Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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      Skaf, eu prefiro pagar o pato do que pagar o mico

      Não aguento mais ver Paulo Skaf na TV. Ele não é fotogênico, não é simpático e seu discurso é um sofisma do início ao fim. Pode não ser dele e sim de algum marqueteiro, mas que é mequetrefe, é.

      Diz o presidente da Fiesp que a gente já paga uma tonelada de impostos e exemplifica: quando você compra tal objeto, metade é imposto; ao comprar aquele outro, 25% de imposto etc. E então ele conclui que o governo está querendo aumentar os impostos ainda mais e conclama a população a se indignar: "não pague o pato".

      O "pato" de Skaf é a nova CPMF, que no passado foi criada para ajudar a Saúde e agora para salvar o orçamento do ano que vem e de alguns próximos. Se Skaf quisesse abrir uma discussão honesta deveria dizer que, ao contrário do que ocorre com outros produtos (50% de imposto) a CPMF preconizada incidirá em apenas 0,20% sobre a movimentação financeira do cidadão: em cada 100 reais ele doará 20 centavos ao governo.

      Se quisesse abrir uma discussão civilizada, Skaf deveria dizer que, na situação econômica em que estamos não há outra saída senão impostos e este da CPMF, convenhamos, até que é razoável.

      Nenhum outro governo que eventualmente assumisse no lugar do atual encontraria outra solução para o país sair do buraco. Não adianta mais discutir porque caímos nele. Inês é morta. Cabe agora tratar de sairmos. Estamos cansados de ver e o exemplo mais recente é o da Grécia: é melhor pagar um pouco mais de imposto do que entrar num regime de austeridade, que implica em menos investimento e mais desemprego.

      É por isso que eu prefiro pagar o que Skaf chama de "pato" em vez de pagar o mico de vê-lo falando sofismas na TV que só servem para reforçar a posição de deputados e senadores irresponsáveis que fogem da CPMF como o diabo foge da cruz. A prevalecer tal posição todos os brasileiros corremos o risco de ser crucificados.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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