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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Só STF ou CPI poderão decidir se foi armação

'O governo só tem a perder, no STF ou numa CPI', escreve o colunista Alex Solnik sobre a investigação de um suposto plano de criminosos contra Sergio Moro

Sergio Moro
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Ao afirmar que a investigação sobre os atentados do PCC a autoridades, dentre as quais o ex-juiz, foi uma “armação do Moro”, Lula se meteu numa enrascada. Não só porque deu holofotes a um senador medíocre e desacreditado. 

O acusado poderá pedir provas da acusação. Para se chegar à verdade, a investigação terá de ser investigada. Isso poderá acontecer, em tese, de duas formas. Ou por julgamento no STF (com aval da PGR) ou por meio de uma CPI. A CPI da Armação do Moro. 

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O governo só tem a perder, qualquer que seja o resultado, no STF ou numa CPI.

Provar que foi armação do Moro, significa apresentar provas concretas - mensagens de celular, grampos telefônicos ou ao menos uma confissão - de que ele manipulou a  investigação. 

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Isso poderia ter acontecido de duas maneiras: 1) informado de que estava rolando uma investigação sobre atentados do PCC, por meio de algum infiltrado seu na PF, pediu para ser incluído na lista ou 2) por meio do mesmo infiltrado conseguiu que a PF organizasse uma falsa investigação cujo alvo seria ele próprio.

Qualquer uma das opções me parece absurda, só um imbecil ou um suicida pediria para ser incluído numa lista de vítimas do PCC, mesmo falsa, só para se vitimizar, e só uma PF corrompida cairia na arapuca de Moro, mas vamos supor que a hipótese seja considerada ou pela CPI ou pelo STF e a questão vai a julgamento.

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Se o governo conseguir provar que Moro interferiu, as consequências serão negativas para o próprio governo: ficará também provado que o chefe da PF, nomeado por Lula, ou foi omisso, ou conivente ou não tem controle sobre a instituição e permitiu que rolasse uma investigação fajuta, o que vai abrir uma crise de consequências imprevisíveis. Também vai sobrar para o ministro da Justiça, que deu aval à investigação. Sua cabeça poderá rolar. E é um excelente ministro.

E também, é claro, vai sobrar para Moro. Poderá ser investigado pela comissão de ética. Talvez suspenso. Na pior hipótese, cassado.

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Os bandidos do PCC, presos na operação, terão de ser soltos. Se a investigação foi fajuta, eles não têm nada a ver com o peixe.

Em resumo: o governo sairá enfraquecido.

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Se o governo não conseguir provar que Moro interferiu, será pior ainda. Terá feito uma acusação falsa, poderá ser processado e perderá credibilidade.

E, como se não bastasse, vai dar moral a um ex-juíz sem moral alguma.    

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Se for levada às últimas consequências, a questão não vai ser resolvida no bate-boca das redes sociais.

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