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Breno Altman

Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel

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Resposta a um malabarismo retórico

"Minha opinião é que nosso eixo condutor deve ser a unidade das forças populares. Com Haddad, o eixo dessa operação seria naturalmente o PT. Sem Haddad, tudo indica que será o PSOL, com Boulos e Erundina", avalia o jornalista Breno Altman

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Valter Pomar, com quem tenho normalmente posições em comum sobre quase tudo, replicou minha réplica, intitulada "Sobre as eleições paulistanas".

Seu novo texto pode ser lido através desse link: https://valterpomar.blogspot.com/…/jilmar-tatto-breno-altma…

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A essência de sua argumentação está na afirmação de que, em meu suposto ponto de vista, a hipótese de apoio à fórmula Boulos-Erundina estaria apresentada com tanto otimismo que tornaria desnecessária a pressão pela candidatura de Fernando Haddad.

Essa leitura, no entanto, é tão apressada quanto retórica. Fui claro a respeito: "...o sacrifício da candidatura própria em prol da unidade daria alguma chance de bons resultados e elevaria em muitos graus o prestígio e a credibilidade do partido por todo o país."

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Defendi uma clara hierarquia de possibilidades. A mais favorável, é evidente, seria a candidatura de Fernando Haddad, com potencial de ir ao segundo turno mesmo sem a unidade dos partidos de esquerda, embora esse objetivo deva ser perseguido em quaisquer circunstâncias.

Inviabilizada essa opção, teríamos a alternativa da unificação ao redor da candidatura mais promissora do campo popular, a do PSOL, que teria "alguma chance de bons resultados".

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O pior dos mundos seria a divisão da esquerda sem a candidatura de Haddad, com Tatto, Boulos e talvez Orlando Silva se batendo por fatias da mesma torta, inviabilizando estruturalmente o bloco de esquerda.

Valter defende, como eu, que a prioridade imediata é um apelo coletivo e organizado, liderado pelo ex-presidente Lula, para que Haddad assuma essa tarefa estratégica, encabeçando a chapa petista.

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A diferença é que, em caso de insucesso nessa tentativa, ele pula diretamente para a terceira opção, exatamente a que nos empurra para os piores resultados possíveis.

Eu me somo aos que, sem Haddad, se inclinam à segunda possibilidade, da unidade ao redor de Boulos-Erundina, caso as pesquisas dos próximos sessenta dias, antes da inscrição oficial das candidaturas, confirmem seu maior potencial eleitoral.

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Ao PT caberia sacrificar a candidatura própria, pela primeira vez desde 1985, em eleições paulistanas, para assumir o papel de fiador da frente popular, melhorando o cenário dos partidos de esquerda na maior cidade do país, com claras repercussões sobre o cenário nacional, presente e futuro.

Para Valter, contudo, o pressuposto inarredável é que o PT tenha a cabeça da fórmula, com Haddad ou Tatto. Não partilho dessa premissa. Estou convencido que atrapalha a construção de uma alternativa à esquerda na enfrentamento contra o bolsonarismo e os neoliberais.

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Minha opinião é que nosso eixo condutor deve ser a unidade das forças populares. Com Haddad, o eixo dessa operação seria naturalmente o PT. Sem Haddad, tudo indica que será o PSOL, com Boulos e Erundina.

As próximas semanas esclarecerão muitas dúvidas.

No dia 26 de setembro, com a inscrição das candidaturas, uma decisão terá transitado em julgado. Caberá aos militantes petistas, não importa qual tenha sido sua opinião pessoal, marcharem sob a definitiva orientação eleitoral.

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