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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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#Somos todos Paulo Henrique Amorim

Hoje me empenho em dar continuidade à sua luta. Escreverei sobre o objeto de sua inquietação nos últimos dias. A liberdade de expressão e o direito de informar

(Foto: Reprodução vídeo)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - Não. Não falarei da trajetória do jornalista Paulo Henrique Amorim. Disto vários mais próximos já se ocuparam, e todos nós a testemunhamos na sua sanha diária por denunciar, ironizar e desafiar os que teimam em nos tirar direitos com a volúpia dos que traçam uma carne suculenta em uma churrascaria.

PHA o fazia com a bagagem de quem acumulou conhecimento, contatos, lembranças e testemunhos do repórter que nunca deixou de ser. Paulo Henrique Amorim tinha “bagagem”, como dizemos no jornalismo. E por bagagem entendam o conteúdo que vai sendo adicionado a cada caso, a cada cobertura, a cada apuração que fazemos no exercício do ofício. Isto não é pouco. Isto é tudo para um profissional do ramo.

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Hoje, conforme prometi no Facebook, me empenho em dar continuidade à sua luta. Escreverei sobre o objeto de sua inquietação nos últimos dias. A liberdade de expressão e o direito de informar. 

Paulo Henrique, como todos nós sabemos, foi calado a “pedido” do Planalto, em seu “Domingo Espetacular”, programa que fazia na Record, o canal que o presidente escolhido numa eleição fraudada elegeu como o “oficial” para disseminar as suas bobagens - enquanto Paulo Guedes age na Economia, nos vendendo a preço de rapadura. Como coadjuvantes, Guedes tem Rodrigo Maia, - o maestro da orquestra de deputados que atropela nossos direito na Câmara - e Davi Alcolumbre, o garantidor, na presidência do Senado,  de todas as maldades contidas na cabeça dos que, aboletados no poder, só pensam no hoje, esquecendo-se que esse país – a colônia agrícola em que se transforma – vai ser a terra dos seus filhos e netos. Claro que eles têm a opção de mandá-los à Suíça, ou aos Estates, mas vai que algum necessita voltar e viver sob as regras malévolas que criaram, no patropi?

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Vamos repisar aqui, notícia impactante veiculada no dia 2 de julho, pelo site “O Antagonista”, e que dava conta à sociedade, do pedido, feito pela Polícia Federal, ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) de investigação sobre a vida privada e as movimentações financeiras do jornalista e advogado Glenn Greenwald, diretor do portal The Intercept Brasil. O objetivo era muito claro, gritante: pegá-lo em alguma transação que o desabonasse e permitisse a sua prisão ou indiciamento. Ou, que o flagrassem em um diálogo próximo aos vazados por ele, evidenciando os crimes cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro e seus coleguinhas de Força-tarefa.

Hoje, na função de ministro incumbido do bom desempenho do Ministério da Justiça, Moro é senhor do destino de todos quanto caiam na mira da Polícia Federal, subordinada a ele e ao seu ministério. Seria inadmissível em qualquer canto civilizado do planeta, tal situação. 

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Glenn está informando ao país situações irregulares e vergonhosas que apenas três veículos da mídia tradicional toparam veicular. Ou seja, desempenhando o seu ofício. A situação descortina uma deslavada manobra para impedir que o grande público conheça as atitudes totalmente irregulares e criminosas que Sergio Moro, ele mesmo, o que deu ordem para que Glenn seja investigado, cometeu.

Organizações internacionais se posicionaram contra o abuso, assunto abordado também em reportagens da mídia, no exterior. O jornal The Guardian na América Latina classificou a ação de “Assustadora”. Sim. A palavra foi muito bem escolhida. É assustador que o freio da censura abata o trabalho de denúncias realizado por Glenn Greenwald e sua equipe. Sim. É assustador que Paulo Henrique Amorim tenha que morrer de desgosto por ter o seu trabalho podado por um governo ditatorial e inquisidor. Sim. É assustador que nós jornalistas tenhamos que morrer um pouco a cada um combatente que se vai. 

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Sim. Continuaremos a sua luta na trincheira por liberdade de expressão. E se Glenn for alcançado pelas manobras espúrias de Sergio Moro e preso, - o que eu não acredito, pois Glenn não tem rabo preso, sabendo dos riscos - eu conclamo a todos os colegas decentes que se entreguem junto com ele, pois estaremos todos moralmente presos. Então que o sejamos de fato. Pra vergonha nacional. Lotaremos a cela da Polícia Federal e, com certeza, as manchetes pelo mundo.

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