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Décio Lima

Presidente do Sebrae Nacional

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Sonhos não envelhecem e não morrem

"O sonho move o Lula do agreste pernambucano para mundo, na missão inabalável de edificar um mundo sem fome e com justiça social. Teima Lula"

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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Fiz um ousado exercício histórico na tentativa de comparar o filho da Dona Lindu a 3 ilustres humanistas: Ghandi, Mandela e Luther King, símbolos imortais da Justiça, da solidariedade e de dias melhores. Busquei as similitudes e esmiucei as especificidades de cada um. Semelhanças que ultrapassassem o sonho de um mundo mais justo, mais igualitário e com oportunidades iguais. A busca de uma civilização de homens e mulheres íntegros, solidários e humanizados. Sem demérito à grandiosidade das trajetórias desses grandes heróis mundiais, a expressão do filho da dona Lindu é, incomparavelmente, maior. As razões que ensejam essa conclusão são verificáveis.

Ghandi, Luther King e Mandela foram igualmente movidos pelo sonho, pela utopia do mundo melhor, exatamente como o penúltimo dos 7 filhos da Dona Lindu. Todos lutaram a favor das garantias civis e dos direitos humanos. Mahatma Ghandi, a partir de uma sólida formação acadêmica na University College of London, pode aprofundar os estudos filosóficos que adensaram intelectualmente suas teses. Liderando uma revolução sem armas, conseguir libertar a Índia em 1947 após 30 anos de uma paciente desobediência civil às leis inglesas. Tudo sem violência. Uma revolução pacífica que acabou lhe custando 6 anos de prisão.

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Martin Luther King liderou um movimento em favor dos direitos civis dos negros americanos entre 1955 e 1968, quando foi covardemente tocaiado e morto. Inspirado no princípio da não violência e da desobediência – como Ghandi – o pastor e ativista Luther King comandou a histórica marcha em Washington, eternizada em seu célebre discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho).  À exemplo da “Grande Alma” (Mahatma em sânscrito), King, o mais proeminente defensor dos direitos humanos nos EUA, fez doutorado em filosofia na Universidade de Boston.

Nelson Mandela, maior líder do continente africano, combateu ferozmente o regime do “apartheid”. A segregação racial, como nos EUA, colocava brancos e negros em espaços distintos, pregando a separação entre raças nos espaços e decisões públicas.  Mandela amargou 27 anos de prisão e seu povo sangrou com uma guerra civil.  Liberto, “Madiba”, como era chamada em referência ao seu clã, foi presidente da África do Sul (1994-1999) e prêmio Nobel da Paz em 1993. Mandela, igualmente, cursou Direito na Universidade de Fort Hare.

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Os ciclos históricos são absolutamente diversos, cada qual com suas especificidades e injunções político-econômicas, mas os sonhos dos três líderes, com formação acadêmica tradicional, eram convergentes: ver os direitos humanos respeitados. O tempo passou, mas o sonho continua vivo. O homem que embala esse sonho, que canta essa mesma canção, que não deixa a utopia envelhecer é o filho da Dona Lindu, que prega no Brasil e repete nos quatro cantos do planeta esse mantra humanista.

O que falar do filho da Dona Lindu? Um retirante nordestino, filho de uma mãe perseverante que foi forçada a abandonar o agreste, a fome, a sede, a miséria do interior pernambucano para escapar da sentença de morte, tão intima e corriqueira. Dona Lindu e seus filhos enfrentaram as armadilhas temerárias da periferia de São Paulo, as incertezas e as dificuldades comum aos migrantes. O filho da Dona Lindu é aquele que, por insistência da mãe, sempre repetiu que não iria desistir. Ecoa ainda em seus pronunciamentos o valor dessa lição materna: “Teima meu filho, teima. O amanhã pode ser melhor”. E assim ele o fez. Teimou e buscou seu espaço na selva paulista e, posteriormente, conquistou o mundo.

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A infância, como toda infância pobre, foi cruel, mas o sonho era maior e sempre transbordou para além da carência e da indiferença. Estudou em um curso técnico, formou-se em uma escola que lhe apresentou os primeiros caminhos para o futuro com o título de torneiro mecânico. Orgulho da família, alcançou um emprego logo aos 18 anos. Se defrontou com uma árida realidade de remunerações aquém da dignidade, a insalubridade e, neste momento percebeu o valor da luta e da defesa de conquistas para os trabalhadores.

Nos idos dos anos 80, impulsionado pelo senso e desejo de justiça, fundou o maior partido da América Latina após a projeção e respeito vindos do movimento sindical. Mesmo com adversidades, conseguiu organizar, em meio a dicotomias da época e polarizações recorrentes, um campo político partidário capaz de aglutinar as massas trabalhistas, com pluralismo, humanismo e, sobretudo, sonhos, muitos sonhos. O filho da Dona Lindu conseguiu que políticos, intelectuais, operários, ativistas de esquerda passassem a sonhar o mesmo sonho. Eis que, novamente, se construiu uma revolução sem armas e sem um disparo sequer.

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O filho da Dona Lindu é, portanto, maior. A comparação com as caminhadas de Ghandi, Luther King e Mandela na perseguição de um mundo melhor engrandece Lula pela especificidade e dramaticidade de sua trajetória, ameaçada pela fome e a miséria. O filho da Dona Lindu é maior por toda sua história de enfrentamentos, embates, riscos, carência e a iminência eterna da fome e da morte.

Como um gigante, o filho da Dona Lindu levou de forma exemplar para a cadeira de Presidente da República as lembranças das dores, as feridas e chagas que vivenciou. Sabe o que é fome, sabe o que é dor, sabe o que é injustiça e conhece as consequências para aqueles que ousam desafiar o “establishment” O filho da Dona Lindu foi vítima de uma tocaia jurídica, perseguido como um troféu, por processos precários, tortuosos, obscuros e ilegais. Foi Presidente da República eleito para 3 mandatos com votações consagradoras. O primeiro operário – um metalúrgico – a alcançar a presidência e dar voz e vez aos trabalhadores com uma agenda social invejada no mundo.

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Sim, há semelhanças com Ghandi, Luther King e Mandela. Além dos sonhos, o filho da Dona Lindu foi martirizado, perseguido e, como eles, demonstrou sua resiliência.  Antes da prisão ilegal, o grito do filho da Dona Lindu voltou a ecoar: “podem ficar certos, esse pescoço aqui não baixa, porque vou de cabeça erguida”. Foram dias e noites agônicas, à espera do momento de sair com o peito estufado e o selo inapagável da inocência. Saiu do cárcere direto para os braços do povo. Ele próprio tinha o diagnóstico após purgar 580 dias na prisão: “Tentaram matar uma ideia. Uma ideia não se mata. Uma ideia não desaparece”. Assim como não morreram as ideias de Ghandi, Luther King e Mandela.

Agora, chegando com uma vitalidade única aos 80 anos, além de ser o Presidente do Brasil, é presidente do MercoSul, presidente do G20 e aclamado no mundo como um estadista, como ficou sobejamente demonstrado no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU em 2023. Como quem sonha, o filho da Dona Lindu lidera uma nova governança mundial, uma mudança da ordem econômica do planeta conhecida como Global Sul, marcada pelo resgate dos valores humanitários, por um mundo sustentável, inovador e, principalmente, solidário e inclusivo.

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De forma infatigável, o filho da Dona Lindu vem percorrendo uma agenda internacional exaustiva, reconstruindo pilares da cidadania, resgatando a credibilidade e protagonismo brasileiro no cenário global e discutindo os alicerces sagrados das democracias e da liberdade de expressão. Sem ter frequentado as melhores academias da Inglaterra ou os bancos sagrados dos doutores e PHDs, sem o diploma universitário, Lula segue fielmente as valiosas lições da Dona Lindu e, principalmente, teima: “Nunca abaixe a cabeça meu filho”.

Os ensinamentos da Dona Lindu embalam os sonhos com dignidade, respeito e caráter. Valores que Lula dissemina ao lado do amor. Sua capacidade de trabalho e inteligência são canalizados exclusivamente para perseverar nessa revolução pacífica com a mesma fidalguia e nobreza que enriqueceram as biografias de Ghandi, Luther King e Mandela. Não se trata profetizar a história, mas o filho da Dona Lindu é maior. Seus discursos em nome dos direitos humanos, pela paz, solução pacífica de conflitos e pela distribuição da riqueza repercutem mundo afora. O sonho move o Lula do agreste pernambucano para mundo, na missão inabalável de edificar um mundo sem fome e com justiça social. Teima Lula.

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