Subversão da ordem dá cadeia

Fiquei estarrecido de ler hoje nos jornais a iniciativa da Associação Médica Brasileira (AMB) de criação de um programa de apoio a médicos estrangeiros do programa Mais Médicos que estejam insatisfeitos.

Inconformados por não terem conseguido convencer a população brasileira de que é uma coisa ruim a presença de médicos cubanos nas cidades do interior do país, onde os médicos brasileiros não querem trabalhar, agora se organizam para tentar minar o programa, que trouxe ao país milhares de cubanos, já trabalhando em todo o país.

O plano é sofisticado. Utilizando dinheiro da AMB, rica instituição financiada por médicos brasileiros, muitos dos quais contrários à presença dos cubanos, eles pagarão para produzir e divulgar uma cartilha com o passo a passo de como agir para abandonar o programa.

O absurdo, no entanto, não para por aí: prometem assessoria jurídica para quem quiser pedir refúgio/asilo político no país. Será que darão também um curso gratuito sobre as regras para permanência de estrangeiros no país, como por exemplo, casar-se ou ter filhos brasileiros?

A associação, presidida por Florentino Cardoso, informou ainda que vai oferecer aos desertores aulas de português e um curso preparatório para o Revalida – exame obrigatório para que estrangeiros exerçam a medicina no país.

Os mais ferrenhos críticos do Mais Médicos mudaram subitamente de idéia a respeito dos médicos cubanos ? Em matéria da agência Câmara, de maio de 2013, Cardoso afirmou que o governo brasileiro queria trazer pra cá “a escória”. Agora, com a ajuda da AMB e do CFM, os mesmos cubanos chamados de escória devem ter o direito de exercer a profissão no Brasil e permanecer no país?

Vamos perguntar à população brasileira de cidades do interior do país se eles aprovam este incentivo da AMB e da CFM para que médicos estrangeiros abandonem o programa Mais Médicos. É obvio que serão contra o desatino pregado por estes médicos de araque, que não tem a mínima noção do que representa solidariedade humana. Com certeza só se tratam em hospitais de grandes cidades e com especialistas privados.

A situação no interior do Brasil não mudou muito em relação há 59 anos. Hoje, médicos formados por universidades públicas, com dinheiro do contribuinte, não querem trabalhar no interior. Eu e minha mãe quase morremos no parto de meu nascimento porque, no povoado de Palmeiras, município de Vitorino Freire, a 300 km de São Luiz, no Maranhão, nunca teve médico.

O Mais Médicos surgiu para mudar esta situação. Para levar mais segurança e saúde a este povo, brasileiros como todos os outros que merecem saúde, atenção, assistência médica e hospitalar de qualidade.

A sociedade brasileira deve se posicionar e enfrentar estes dirigentes médicos que trabalham contra o Brasil e contra os brasileiros. Isso é caso de polícia. De subversão da ordem e das leis estabelecidas. Vamos denunciá-los. Vamos mandá-los sairem da AMB e da CFM e irem direto para a cadeia.