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Dante Lucchesi

Professor Titular de Língua Portuguesa da Universidade Federal Fluminense (UFF)

13 artigos

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Tapando o sol com a peneira

Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins; Lula e ONU (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert | Reuters)
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A canalhice da mídia corporativa não tem limites.

Em primeiro lugar, os maiores veículos de comunicação ignoraram olimpicamente o veredicto da ONU de que o julgamento do presidente Lula foi parcial e seus direitos políticos foram violados quando ele foi impedido de disputar a eleição presidencial de 2018, quando era o franco favorito em todas as pesquisas de opinião – sendo que, nesse caso, os maiores prejudicados foram o povo brasileiro e a democracia no Brasil.

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E os poucos veículos que noticiam, o fazem de forma tímida, quando não enviesada, como a coluna de Mônica Bergamo, de 27/04/2022, na Folha de São Paulo, que termina assim:

“A vitória de Lula na ONU não muda a situação do ex-presidente, mas tem forte simbolismo e reforçará a narrativa de sua campanha de que ele sofreu uma perseguição política.”

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“Narrativa de sua campanha”?!?! O veredicto da ONU reconhece um FATO EVIDENTE E CLAMOROSO. Toda a mídia capitalista apoiou maciçamente os desmandos da Lava Jato, fazendo um linchamento público do Presidente Lula, sem qualquer espaço de contraditório. Isso não é perseguição? Todo o judiciário, sobretudo o tribunal de exceção de Porto Alegre, o TRF-4, chancelaram todas as arbitrariedades e desmandos de Moro, Dallagnoll et caterva. E o STF só agiu para restaurar minimamente o estado de direito, quando esses fatos se tornaram irrefutáveis, com a publicação das mensagens privadas da quadrilha da Lava Jato, e o judiciário brasileiro se desmoralizava perante o mundo. Foi só aí que Fachin, estafeta da Lava Jato, no STF, reconheceu a incompetência de Moro para julgar o presidente Lula; o que tinha sido arguido cinco anos antes pelos advogados do presidente. E ele só o fez, numa chicana, para tentar evitar que o STF fosse obrigado a julgar a parcialidade de Moro. Isso não comprova uma operação articulada de perseguição, como disse o renegado Romero Jucá, “com o Supremo, com tudo”?

Até o fato de os grandes oligopólios midiáticos não noticiarem a decisão da ONU comprova a perseguição. Mas o expediente retórico da mídia capitalista tem sido sempre rotular os fatos que configuram a perseguição movida pelo judiciário e por essa própria mídia ao presidente Lula de “narrativa do PT”. Ou seja, os fatos que me desagradam viram narrativa, e a minha narrativa vira fato. Mas não para por aí.

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Até hoje quem questiona os desmandos da Lava Jato é acusado de defender, ser conivente ou cúmplice da corrupção – um reducionismo de fazer o corar o mais cretino fariseu. E os reveses que a Lava Jato sofre são colocados como uma reação dos poderosos e do sistema corrupto contra aqueles que tentaram combater a corrupção. Isso sim é uma narrativa forjada e inverossímil, assim como foi uma narrativa absolutamente mentirosa e de má fé, a que foi propagada maciçamente pela mídia corporativa de que “a Lava Jato foi a maior operação de combate à corrupção da história da humanidade” (seria risível, se não fosse trágico), quando na verdade foi o maior escândalo judiciário da história do Brasil. Uma organização criminosa que estuprou a constituição e código de processo penal, para derrubar um governo legítimo e destruir um dos setores mais dinâmicos da economia nacional, sob a orientação do FBI e da CIA, para servir aos interesses do imperialismo norte-americano.

O grande problema com que os barões da mídia e seus sabujos se deparam agora é que os fatos estão vindo à tona, e fica cada vez mais difícil sustentar a grande farsa que levou um miliciano fascista e desqualificado à presidência do país.

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Como diz o dito popular, continuam tentando tapar o sol com a peneira.

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