Tarcísio, o negacionista climático
Tarcísio foi eleito em 2022 e, até o momento, suas maiores ações vão contra qualquer política sensata de proteção ao meio ambiente ou prevenção climática
Nos últimos 15 dias, o estado de SP tem passado por eventos climáticos que causaram grandes estragos econômicos, sociais e ambientais.
A capital recebeu tempestade de quase 100 km por hora repetindo uma sequência de que só piora a cada ano, a Floresta Nacional em Iperó na região de Sorocaba foi atingida por um incêndio que destruiu 20% de sua área total e em Porto Feliz, a planta da Toyota, de fabricação de motores, foi destruída após uma forte tempestade causando a paralisação de operações em todas as três fábricas da montadora no país.
Muitas outras situações graves climáticas poderão ser desencadeadas nos próximos meses com a vinda do período do verão. O índice de queimadas já aumentou em 200% no interior de SP. As formações de tempestades são comuns desde 2023 na capital e o abastecimento de água entrou em regime de prevenção no consumo.
E o que o governo Tarcísio tem feito para lidar com o agravamento das crises climáticas no Estado de SP? Como todo bolsonarista, está tendo atitudes negacionistas, assim como Trump, seu outro grande ídolo, faz para a questão ambiental nos Estados Unidos.
Tarcísio acabou com a secretaria estadual do meio ambiente e criou a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Ou seja, parece mais um órgão para liberar licenças do que tratar de eventos climáticos com seriedade.
Cortou 10% da verba do combate a incêndios florestais e queimadas no território paulista. Lançou somente em junho deste ano um ambicioso plano de mitigação climática, mas que até o momento patina para mostrar resultados.
No Jardim Pantanal, por exemplo, ainda não há nenhuma ação, seja obra ou serviço, por parte do estado para prevenir novas enchentes ou acolher com dignidade os moradores daquela região da Várzea do Tietê, de responsabilidade estadual. E o período das chuvas já está batendo na porta.
Tarcísio foi eleito em 2022 e, até o momento, suas maiores ações vão contra qualquer política sensata de proteção ao meio ambiente ou prevenção climática.
Está mais preocupado em agradar Bolsonaro, seu chefe político, e entregar o estado para seus parceiros de negócios na cidade e no campo, como faz com as privatizações e a venda de terras devolutas para fazendeiros grileiros, que só se interessam em devastar.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

