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Rubinho Giaquinto

Ex-covereador da ColetivA-BH, guitarrista, escritor e professor. Graduado em Licenciatura Educação Musical (UEMG). Foi assessor da Coordenadoria para Assuntos da Comunidade Negra da Secretaria Municipal de Direitos de Cidadania de Belo Horizonte. Coordenou o “Movimento dos Sem Palco”, articulando artistas do Hip-hop, rock, literatura e samba da periferia de Belo Horizonte. Coordenador dos Fóruns Pró-Trabalho na questão racial, pessoas com Deficiência e Juventude do Ministério do Trabalho.

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Terceira guerra mundial

"Aqui na nossa rua tinha um italiano, um alemão e um japonês. Era um time todo da chamada Aliança do Eixo da Segunda Guerra Mundial"

Festival de Futebol de Várzea (Foto: Ag.Brasil)

Hoje deu saudade do meu melhor amigo de infância. Nascemos em um bairro operário chamado Parque Riachuelo, na rua Tecelões, em Belo Horizonte. 

Infelizmente, ele se foi cedo demais. Os bons morrem cedo. Acontece que brincávamos que, se houvesse uma terceira Guerra Mundial, estaríamos 'fodidos". A gente morria de rir com isso.

Aqui na nossa rua tinha um italiano do sul, um alemão e um japonês que não era o da federal. Era um time todo da chamada Aliança do Eixo da Segunda Guerra Mundial. O alemão era o avô dele. O italiano era meu avô. E o japonês era maluco pra caramba. Muito gente boa! 

Um Mullerchen, um Giaquinto e um Takashi. Ficávamos intrigados como esse povo veio morar na mesma rua! Será que a rua não era vigiada pela ONU? Os anos se passaram. Só sobrou aqui o que vos escreve essa pequena crônica. Será que eles eram de organização secreta? A gente morria de rir. Porque eles nem se ligavam nesse assunto. 

Ele era bem melhor que eu em tudo, principalmente, na música e na literatura. Ele deve tá rindo de mim por aí. Espero honrá-lo por aqui. A saudade é muito grande. As resenhas. As brigas. Os planos. As músicas. Os segredos. 

Só agradeço pela amizade e pelas nossas boas risadas. Obrigado, amigo!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.