Terceiro turno das eleições ainda não terminou
Quem tem acompanhado as sessões no Congresso Nacional percebe o clima beligerante que reina entre os partidos que perderam a eleição 2014
Quem tem acompanhado as sessões no Congresso Nacional percebe o clima beligerante que reina entre os partidos que perderam a eleição 2014. Os discursos são raivosos, acusadores, condenadores.
Especialmente por parte de deputados e senadores do PSDB e DEM. Há uma clara tentativa de carimbar na presidenta Dilma o seu envolvimento com as empresas acusadas no esquema de corrupção da Petrobras.
O senador Tucano Aécio Neves lidera com o discurso de impeachment, de governo ilegítimo, sendo seguido pelos demais. No entanto, todos, literalmente todos os principais partidos – PT, PMDB, PSDB, PP, PR – receberam recursos nesta eleição e nas anteriores das empresas citadas.
Essa sempre foi a lógica da relação entre o poder público e empresários que fazem negócios com o Estado. Lá, aqui, e noutros lugares. E é isso que precisa mudar essencialmente.
A forma de financiamento de campanha, a relação entre Legislativo e Executivo. Caso, contrário, a tendência é de queda ainda maior de confiabilidade nas instituições.
Daí pra frente os riscos de conflitos, confrontos entre os atores dos poderes, sociedade civil, movimentos sociais, enfim, pode alcançar um momento de extremo perigo.
O que é extremamente ruim para todos, especialmente para a consolidação da jovem democracia brasileira e para o amadurecimento das instituições.
A oposição precisa entender que não há terceiro turno e que o Brasil precisa seguir adiante com reforma política e mudanças na forma de financiamento de campanha.
No meio político não há santos nem demônios.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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