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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Teto neoliberal de gasto leva Bolsonaro à falência

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Vazio de poder

O governo faliu, o país está sem governo e pinta vazio de poder à vista. O presidente Bolsonaro jogou a toalha; e agora, José?

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Parece que o titular do Planalto está antevendo o desastre a ser provocado pela extinção do auxílio emergencial que aumentou sua popularidade para 40% e garantiu vitória eleitoral municipal; partidos da bancada bolsonarista levaram a maioria das prefeituras; os novos prefeitos vão ver o que é bom administrar massa falida; antes, porém, que a bomba estoure no seu colo, Bolsonaro decreta a falência governamental; na prática, situação falimentar admitida pelo presidente deixa país desgovernado.

Os novos prefeitos, diante da situação decretada pelo presidente, continuarão depositando apoio nele? Vão dizer o que para a população, que passará fome com a extinção do auxílio emergencial, imposta pelos neoliberais resistentes à supressão do teto de gastos aos setores sociais? Sentindo que caiu numa fria, pois não conseguirá segurar a onda, o capitão presidente antecipa declaração de falência.

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Astúcia na manga?

Ou o capitão presidente tentaria uma astúcia? Ele pode ou não dizer que não conseguirá governar por causa dos agiotas do mercado financeiro que tomaram dele o auxílio emergencial? O que iria para os pobres, dentro do orçamento, com os R$ 600, foi tomado pela agiotagem da banca em cima da dívida pública, ou não? Ele teria ou não alguma carta na manga para sustentar sua declaração bombástica de autofalência? Tentará ou não tirar das suas costas essa responsabilidade e passar ela para Paulo Guedes e para presidente do Banco Central, representantes da banca, que inviabilizam o auxílio emergencial, mediante violenta restrição monetária?

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Prisioneiro da banca

A política neoliberal deixa a praça seca de dinheiro, embora os bancos estejam cheios de liquidez, provenientes de diversas artimanhas; a mais destacada delas é a que denuncia a Auditoria Cidadã da Dívida: o governo recolhe a liquidez, por meio do Banco Central, permitindo transformação de reserva bancária em depósitos voluntários aplicados no próprio BC, que paga juro sobre ela; a política monetária restritiva é capitalismo sem risco para os banqueiros.

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Bolsonaro está prisioneiro da banca, que não deixa ele cumprir promessa de campanha, como a de dar alívio na declaração de renda dos assalariados que ganham até cinco salários mínimos, por exemplo; a falência econômica-financeira bolsonarista produzida por Guedes e Campos Neto leva Bolsonaro ao cadafalso, enquanto sua declaração de falência deixa vazio de poder. A sociedade está completamente insegura com a declaração de Bolsonaro, que não pode sequer lançar mão das reservas de 360 bilhões de dólares que herdou do governo petista; o presidente posa de pai padrasto; tem dinheiro no bolso, mas deixa população morrer de fome.

Enfim, o presidente se deixará morrer na falência do seu governo ou tomará providências, as quais estariam sendo preparadas como surpresa a sair do fogo a qualquer instante? Estaria ou não preparando cama de gato para Paulo Guedes que se transforma em algoz dele com a política neoliberal que levou governo à falência?

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Parlamentarismo abastardado à vista?

Quem Bolsonaro colocaria no lugar de Guedes: alguém tão duro como Guedes ou outro mais flexível, como um desses tucanos, que pregam a nova teoria monetária calcada nas finanças funcionais sociais democratas, como passarão aplicar os democratas de Joe Biden para garantir auxílio emergencial aos americanos desempregados na crise que não tem data para terminar, diante do corona? O governo bolsonarista chegou ao fim da linha pelas mãos neoliberais de Guedes; expondo com crueza sua falência política por meio da bancarrota macroeconômica, a sobrevivência do titular do Planalto depende cada vez mais da supressão do teto de gastos.

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Tal situação impacta a sucessão na Câmara e no Senado; vale tudo na oposição para derrotar Bolsonaro; o PT decide fazer aliança com as forças contrárias à supressão do teto, ou seja a banca; se vitoriosa as forças contrárias a Bolsonaro, representaria fortalecer o traidor e chefe do golpe de 2016: Michel Temer.

Estaria ou não havendo golpe dentro do golpe, ensaio geral de 18 de Brumário de Luis Bonaparte, como Marx descreveu entre 1851 e 1852, na França? Seria ou não o neogolpe de gabinete como o que derrubou Dilma, para tirar Bolsonaro do Executivo para tornar o Legislativo proativo em parlamentarismo abastardado?

O fato é que o neoliberalismo de Guedes levou Bolsonaro à falência e os comandantes neoliberais não concordam com a supressão do teto de gastos que daria fôlego a governança de Bolsonaro.

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