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Reimont Otoni

Deputado federal (PT-RJ), vice-líder do PT na Câmara e membro da Comissão de Trabalho

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"A prisão de Jair Bolsonaro parece próxima. Não sei quando e nem por qual dos inúmeros crimes cometidos será preso, mas será", escreve o deputado Reimont

Jair Bolsonaro (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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A prisão de Jair Bolsonaro parece próxima. Não sei quando e nem por qual dos inúmeros crimes cometidos será preso, mas será. Quase nove meses depois de deixar o Brasil sem encerrar o mandato, Bolsonaro está cada vez mais encurralado. Muitos caminhos levam a ele e seus cúmplices.

A longa lista inclui os depoimentos na CPMI do Golpe – especialmente o do hacker Walter Delgatti, o caso das jóias, a tentativa de golpe e de conspiração contra a democracia, as movimentações suspeitas no Pix, suspeita de ocultação de patrimônio, inclusive no exterior, o descaso e as contratações relacionadas à epidemia da covid-19. Enfim, muitos caminhos.

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Com a prepotência dos ditadores, o ex-presidente já confessa o envio de mensagem com ‘ordem’ para o disparo de fake news contra as eleições: “Eu mandei, qual o problema?”. É crime!

A fuga em avião da Força Aérea Brasileira/ FAB, efetuada em dezembro de 2022, usando todo o aparato e as prerrogativas de chefe de estado, pode selar o seu destino. Aparentemente, fugiu para não passar a faixa presidencial para o presidente Lula. A partir das investigações minuciosas da Polícia Federal, sustentada por provas robustas, o país descobriu que Bolsonaro escapou com o objetivo principal de carregar escondidos na bagagem objetos que, por lei, pertenciam e pertencem aos cofres da União.

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O ex-presidente, o inelegível, usou o cargo e a estrutura do estado para transformar um patrimônio cultural do Brasil em muambas contrabandeadas em aviões oficiais, em viagens oficiais, por representantes oficiais do estado brasileiro. Bolsonaro enlameou e corrompeu instituições importantes do país, contaminou todas as estruturas que o cercaram.

Ma a investigação deste caso é a ponta do fio de um novelo que inclui muitos outros crimes de lesa-pátria. A prisão de Bolsonaro e seus cúmplices pode e deve significar para o país o início de um processo de reparação, obedecendo aos devidos processos legais, tendo base em provas inquestionáveis e incluindo todos os crimes por ele cometidos e por seus cúmplices. Imagino que não é uma tarefa muito fácil, dado ao hábito de Bolsonaro terceirizar os mal feitos.

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Não podemos ter pressa, mas não pode haver anistia. O país deve isso aos mais de 700 mil mortos e mais de 37 milhões de contaminados pelo descaso com a COVID, deve às mais de 30 milhões de pessoas lançadas novamente na miséria da fome, deve às vítimas de uma violência que explodiu com o incentivo ao armamento, deve aos desempregados, aos desalentados e a todos os criminalizados, perseguidos e humilhados pelo necrogoverno – negros, indígenas, mulheres, jovens, população LGBTQIA+, professores, artistas, estudantes.

Temos o dever histórico de ir além de uma catarse vingativa e nos voltarmos para um processo profundo de reparação, reconstrução e reconciliação nacional. Não podemos esquecer que o Brasil e o povo brasileiro foram as grandes vítimas dos saques, desprezo e aviltamento impostos pelo inelegível e seus cúmplices.

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A mitologia grega tem como um de seus personagens o rei Midas, celebrizado por transformar em ouro tudo o que tocava. Bolsonaro é um Midas ao contrário, transformou em lama ou coisa do gênero tudo o que tocou. Esse mito começa a acabar.

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