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Neudes Carvalho

Vice-presidenta do Diretório Municipal do PDT, presidenta do Movimento Negro do PDT Municipal de São Paulo, vice-presidenta do Movimento Negro do PDT Estadual de São Paulo, coordenadora do Núcleo de Base Noroeste.

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Todo projeto municipal de desenvolvimento precisa ter nas periferias um projeto central

Uma nova cidade de São Paulo é possível para a coletividade, vamos cobrar e fazer políticas públicas de distribuição para os povos dos territórios terem acesso à indústria 4.0, assim como o centro da cidade tem

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Para pensar uma cidade mais humana e menos desigual é preciso lançar um olhar atento e comprometido com os grupos vulneráveis e excluídos historicamente. Pois a cidadania se constrói no lugar social concreto: os territórios. É ali que as problemáticas sociais têm origem e permanecem fincadas.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus colocou esses territórios – que já eram vulnerabilizados – em alerta. 

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Perante essas mudanças bruscas, se faz necessário pensar e executar iniciativas locais efetivas de proteção e desenvolvimento que levem esperança e dignidade. E que promovam o os territórios ao invés de prejudicá-los ainda mais. 

Pois uma cidade para a coletividade é possível.

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É possível sem o desperdício de recursos públicos, por exemplo. Um dos grandes problemas da cidade de São Paulo é o fato desses recursos serem mal-empregados ou não reverterem em serviços de qualidade para a população.

É possível se entendermos que o desenvolvimento econômico mais igualitário é parte principal das mudanças estruturais que São Paulo precisa, e essas mudanças precisam atingir as pessoas que produzem.

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Para que isso aconteça emergencialmente, investir em tecnologia –sobretudo, nos territórios – é primordial.

Imaginem se o orçamento municipal de São Paulo for inovado e realmente começar a possibilitar novas oportunidades para a economia das periferias?

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Desenvolvimento econômico está diretamente ligado a mudanças estruturais, e os territórios periféricos são potências econômicas desde sempre, porém não recebem nem o olhar necessário e muito menos o investimento público.

Pensando em um cenário pós-pandemia, imaginem os microempreendedores desenvolvendo capacidades produtivas, novas habilidades, exercendo sua criatividade com apoio e tendo acesso à alta tecnologia e a uma cadeia de fornecedores? Imaginem!

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Investimento e inovação: é disso que as periferias precisam. 

Embora a periferia concentre a maior força de trabalho da cidade, ainda estamos estagnados na inclusão digital, por exemplo. Precisamos que inovação digital possa ser acessada por essa grande parcela da população que faz os territórios girarem e, automaticamente, a cidade inteira.

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Sabemos que os desafios são muitos, mas a questão de “ser desafio” já é quase tradição, e nós precisamos mudar isso.

Há outro ponto importante: os direitos trabalhistas estão sob ataque há tempos no Brasil. Esse fato fez aumentar o número de microempreendedores, principalmente nas periferias. E um fato histórico é que a periferia já vive de “se virar” desde sempre, porém, com o super boom da internet, o uso do termo e da prática de empreender aumentou exponencialmente. Esse fato social deve ser muito respeitado e observado no sentido de que a tecnologia já beneficia os empresários do centro da cidade, então como fazer para que os empresários periféricos sejam também beneficiados?

As “tiazinhas” do bolo no pote, as mulheres que vendem Avon, Natura, as que vendem as máscaras... São empreendedoras natas que precisaram aprender pela escassez e, principalmente nesses casos, a tecnologia pode e deve ser o mecanismo impulsionador, visando expansão e alcance. 

Por isso precisamos defender as políticas públicas que visam garantir mais equidade. 

O empreendedorismo precisa ser mais igualitário e generalizado, fora isso não se pode falar em desenvolvimento. 

Há projetos vinculados a universidades públicas para inclusão e expansão do acesso à internet. É necessário potencializar, fomentar essas iniciativas, como pontos de Wi-Fi e produção local de dispositivos para acessar a internet na cidade, nas favelas, não somente nos grandes centros.

Essas inovações estão totalmente ligadas à industrialização, portanto, à soberania do país e das cidades.

Não temos noção de onde chegaremos com o avanço da tecnologia, mas precisamos estar preparados, a favela precisa estar assistida também e protagonizar esse processo.

Existe um mercado de trabalho enorme nas periferias que precisa de investimento, capacitação e serviços com foco em inovação. Esses mecanismos devem ser disponibilizados para cada adega, cada casa que vende bolo de pote, cada escola de informática das quebradas.

Mudamos nas formas de nos comunicar, relacionar, produzir, consumir e nos informar. As periferias já se movimentam nessas direções, mas ainda precisam muito do olhar do poder público. Que cada orçamento municipal seja revisto e melhor estudado; que haja mais transparência nas distribuições desses recursos, que cheguem aos trabalhadores e trabalhadoras que fazem a cidade andar.  

Uma nova cidade é possível para a coletividade, vamos cobrar e fazer políticas públicas de distribuição para os povos dos territórios terem acesso à indústria 4.0, assim como o centro da cidade tem. 

Esse é um caminho sem volta. Favela high-tech sim!  Vamos criar, incentivar e cobrar cada polo tecnológico que facilitará o bem viver da favela.

É possível!

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