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Laurez Cerqueira

Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real

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Todos são iguais perante o vírus?

De bolsos cheios, os magnatas empurram o problemático Bolsonaro para a linha do descarte, com renúncia ou impeachment, e que ele procure o caminho, quem sabe de Miami, para viver seu ostracismo.

Enquanto trabalhador vai à rua, governo avança contra sindicatos (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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Parece que os adjetivos atribuídos a Bolsonaro estão esgotados. Restou o que fazer com ele, o mais venenoso fruto do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma.

Por enquanto, ele foi isolado, os governadores assumiram a frente de combate à pandemia, por causa da incapacidade, do despreparo, da resistência do presidente em admitir a gravidade da situação e à demora na tomada de decisões.

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Quando o grande capital, juntamente com a imprensa oligárquica apoiaram a campanha eleitoral de Bolsonaro, (depois que Lula foi preso e impedido de participar das eleições), sabiam muito bem o que estavam fazendo.

Queriam o apoio das forças armadas, policiais, judiciárias e legislativas, para proteção dos bilionários negócios dos magnatas nacionais e internacionais. Bolsonaro seria apenas um office boy de Paulo Guedes.

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Logo depois da posse, ele deixou claro que veio para “destruir”, repetindo um jargão corrente entre os inimigos do Estado, da Constituição, dos direitos sociais, e do legado dos governos Lula e Dilma.

Partiram para a destruição dos mecanismos de distribuição da renda e de todas as políticas públicas do projeto de desenvolvimento sustentável, de inclusão social e de superação da pobreza, implementados por Lula e Dilma.

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Os donos do mercado e os porta-vozes deles na imprensa aplaudiram e disseram: “agora a coisa vai”. Com o preposto “Chicago Boy”, Paulo Guedes, no comando, a máquina destruidora entrou em ação.

Guedes, com sua ideia fixa de que o mercado é panaceia para todos os problemas econômicos e sociais do país, e que o Estado teria que ser reduzido ao mínimo, acelerou a máquina nos cortes brutais dos investimentos públicos, de direitos dos trabalhadores e dos mais pobres.

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Com uma ideologia superada, afogada na crise de 2008, gestada nos Estados Unidos, ele e seu parceiro, Jair Bolsonaro, atacaram os fundos públicos de financiamento do desenvolvimento e das políticas públicas de proteção e inclusão social.

Somando-se a isso a maior fuga de capitais das últimas quatro décadas e outros fatores, o país ficou sem investimentos públicos e privados. Liquidaram a economia. O resultado foi o pibinho de 1,1%, em 2019.

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Depois de assumir a presidência, Michel Temer, com o apoio dos golpistas do Congresso, entre eles Bolsonaro, aprovou o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos e hoje está em casa numa redoma, em paga por serviços prestados. Eduardo Cunha numa UTI, Aécio Neves por aí, livre como um antílope, e o Supremo, mais o ex-juiz Sérgio Moro, como estacas de sustentação dos governos do golpe.

O grande capital e a imprensa porta-voz do mercado agora são unânimes em dizer que o Estado tem que enfrentar a pandemia e salvar a economia.

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Nos últimos dias, figuras expoentes da defesa do Estado mínimo, do arrocho fiscal, debulharam rosários de declarações contrárias ao que diziam antes.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ardoroso militante do neoliberalismo, por exemplo, disse que, para vencer a crise, o Brasil precisa de um Estado forte e que não é hora de restrições fiscais.

Carlos Alberto Sardenberg, comentarista de O Globo, sempre implacável na defesa do mercado e do corte de investimentos públicos, disse que “Ninguém lida com uma calamidade fazendo corte de gastos”.

Outros inimigos do Estado, quando querem se apropriar dos bens públicos, dos recursos naturais, e explorar comercialmente os serviços públicos, usam e abusam do discurso enganador.

Como todos são iguais perante o vírus, a hipocrisia aflorou. Querem agora o “Estado Salvador”, para salvar bancos e empresas, com dinheiro do contribuinte. Paulo Guedes abriu o cofre. Os bancos receberam R$ 1,2 trilhão, a economia real R$ 247 bilhões, e aos trabalhadores o de sempre: desemprego e migalhas.

De bolsos cheios,  os magnatas empurram o problemático Bolsonaro para a linha do descarte, com renúncia ou impeachment, e que ele procure o caminho, quem sabe de Miami, para viver seu ostracismo.

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