Toffoli confirma Lula preso político
Lula, certamente, se falasse, agora, poderia virar, definitivamente, o jogo a favor da candidatura Haddad-Manuela, apesar da última pesquisa Ibope indicar, estranhamente, avanço da candidatura Bolsonaro e recuo da de Haddad
Pavor dos adversários
A decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, de jogar para depois das eleições decisão do plenário sobre se Lula pode ou não dar entrevista, apenas, confirma, que o ex-presidente é preso político em Curitiba.
O ministro Fux, a pedido do partido Novo, cassou liminar do ministro Lewandowiski, que havia autorizado a entrevista de Lula aos repórteres, Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, e Florestan Fernandes Junior, da Rede Minas.
Lewandoviski insistiu e deu nova autorização, tentando reverter situação, mas Toffoli entrou em cena, jogando a favor da censura de Fux, até que o conjunto dos ministros do STF se pronunciem, só que depois da eleição, quando, certamente, Inês estará morta.
A batalha jurídica, no âmbito do STF, apenas, mostra a força política de Lula, seu extraordinário poder de transferência de votos para Haddad, antes negado pelos adversários, que, agora, juntam-se para evitar que ele fale.
Além de demonstrar a força política lulista, fica evidenciada, também, a condição de Lula preso político, embora os adversários tentem dizer o contrário, buscando tapar o sol com peneira.
Lula, certamente, se falasse, agora, poderia virar, definitivamente, o jogo a favor da candidatura Haddad-Manuela, apesar da última pesquisa Ibope indicar, estranhamente, avanço da candidatura Bolsonaro e recuo da de Haddad.
Curioso, no mínimo, esse lance, sabendo que Haddad está em ascensão, como evidenciariam as mobilizações das mulheres contra o #elenão, em todo o país, no último final de semana.
Certamente, Lula rebateria os argumentos do ex-ministro Antônio Palocci, em delação premiada, liberada pelo juiz Moro, de que teria recebido dinheiro da Petrobras para fazer corrupção eleitoral em favor do PT.
Palocci fala, tão somente, no condicional, sem apresentar provas.
Moro, mais uma vez, surge em momento decisivo, para tentar acabar com os petistas.
Não foi isso que aconteceu, quando interceptou ligação entre Dilma e Lula, ela convidando ele para ser ministro, e, em seguida, entregando a escuta à Rede Globo, para noticiar no JN, escandalosamente, como se o convite fosse crime de lesa pátria?
Juristocracia atuante
A tentativa de destruir o ex-presidente, portanto, está posta, seja com proibição da entrevista, seja com delação premiada sem prova, seja divulgação de mais uma pesquisa na qual emanam-se desconfianças irrefreáveis.
Como alguém, na corrida eleitoral, em ascensão pode estar caindo na pesquisa, como faz o Ibope, cheio de estórias cabeludas, para justificar suas razões obscuras, de servir a quem contrata seus serviços etc?
O fato é que a arrancada mal explicada de Bozo, para 31%, depois de sofrer o maior protesto histórico das mulheres brasileiras, maioria do eleitorado, e a queda de Haddad, para 21%, quando o bom senso diria o contrário, explicam a nova dinâmica eleitoral escalofobética.
Ela rifou a candidatura Alckmin, sonho de consumo do mercado financeiro, agora, órfão, na reta final da campanha, já que tanto Bolsonaro, como Alckmin, sinalizam que mexerão nos interesses dele, de uma forma ou de outra.
Os arranjos e desarranjos das pesquisas, perfeitamente, possíveis, como a história comprova, por exemplo, na tentativa de fraudar totalização dos votos de Brizola, na eleição de 1989, reforçam necessidade de ficar de olho.
Nada melhor do que lembrar do salto espetacular, nas pesquisas, de Aécio, para ultrapassar Marina, beneficiada, na corrida eleitoral, com a morte de Eduardo Campos, em desastre aéreo, em 2014.
Da noite para o dia, o candidato tucano emergiu para disputar com Dilma, perdeu, contestou o resultado, aderiu ao golpe do impeachment e, agora, virou peste da qual todos fogem, para não se contaminar.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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