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Marcelo Auler

Marcelo Auler, 68 anos, é repórter desde janeiro de 1974 tendo atuado, no Rio, São Paulo e Brasília, em quase todos os principais jornais do país, assim como revistas e na imprensa alternativa.

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Torturador Ostrovski e o passado que assusta a neta

"Com 34 anos de atraso, o torturador Mario Espedito Ostrovski, que hoje se intitula um advogado de vida ilibada, decidiu defender sua honra. Resolveu processar o jornalista e historiador Aluízio Palmar, de 76 anos, uma de suas vítimas nas torturas que praticou, em 1970, no 1º Batalhão de Fronteiras, em Foz do Iguaçu", diz Marcelo Auler, do Jornalistas pela Democracia

Mario Espedito Ostrovski (Foto: OSFI/Divulgação)
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Por Marcelo Auler, em seu blog e para o Jornalistas pela Democracia - Com 34 anos de atraso, o torturador Mario Espedito Ostrovski, que hoje se intitula um advogado de vida ilibada, decidiu defender sua honra. Resolveu processar o jornalista e historiador Aluízio Palmar, de 76 anos, uma de suas vítimas nas torturas que praticou, em 1970, no 1º Batalhão de Fronteiras, em Foz do Iguaçu (PR).

A ação de indenização por danos morais segundo Ostrovski e seu advogado, Ary de Souza Oliveira Jr., foi motivada por uma postagem do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, que Palmar coordena, no Facebook, em junho passado relembrando um “escracho” feito na porta do escritório do torturador no passado e “advogado ilibado” hoje, naquela cidade fronteiriça. Ocorreu em 1 de julho de 2013, e foi repicado em vários sites, inclusive no do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania - DEDIHC, da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos: Manifestantes em Foz do Iguaçu promoveram escracho contra o torturador Mario Espedito Ostrovski, sem que a família Ostrovski reclamasse.

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Agora, porém, ele alega que a postagem de junho chegou ao conhecimento de sua neta e a horrorizou por conta de palavras ofensivas. Estas – palavras ofensivas – não existem. Há apenas relatos de fatos que hoje fazem parte da História Contemporânea do Brasil. Relatos esses documentados, desde a época da ditadura, em depoimentos dados por diversos presos políticos nas Auditorias Militares e que foram depois copilados pelo "Projeto Brasil: Nunca Mais". Portanto, desde 1985, quando surgiu o livro “Tortura Nunca Mais” a informação de que Ostrovski é torturador é pública. Foi, inclusive, confirmada pela Comissão Nacional da Verdade e pela Comissão da Verdade do Estado do Paraná, em 2013, quando de uma audiência pública ocorrida e m Foz do Iguaçu.

Ali, a ex-presa política Izabel Fávero relatou com riqueza de detalhes as torturas que o hoje “advogado ilibado” lhe praticou, assim como a seu marido, Luiz Andrea Fávero, ambos jovens que militavam a favor do ensino público de qualidade. Por conta dos choques e pancadas recebidas, Izabel abortou seu feto de dois meses e sequer teve direito a tomar um banho. Ostrovski, convocado a depor na mesma sessão conjunta das Comissões da Verdade, não compareceu. Fugiu da cidade. Perdeu a oportunidade de se defrontar com seus acusadores e provar a inocência que ele alardeia. Na ´poca, também não tomou nenhuma iniciativa o que permite se concluir que a ação de indenização agora impetrada tem uma única causa: sua neta deve ter descoberto passado nada ilibado do avô.

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Leia os detalhes de toda esta história no site Marcelo Auler, repórter: https://marceloauler.com.br/o-torturador-ostrovski-e-o-passado-que-assusta-a-neta/

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