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Pedro Paiva

Jornalista, mora em Nova York. Foi produtor e repórter do América News, jornal do canal internacional da Globo feito para a comunidade brasileiros nos Estados Unidos. É colaborador da Revista Híbrida e da USBRTV nos Estados Unidos. Acompanha a política estadunidense e outros temas importantes do país

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Trump no banco dos réus: o que esperar?

'Se condenado, nem sequer um perdão presidencial poderia salvar a pele do republicano', escreve o colunista Pedro Paiva

Donald Trump (Foto: Sam Wolfe/REUTERS)
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Na próxima segunda-feira, o mundo inteiro estará de olho no que acontece em uma das cortes de Manhattan, em Nova York. Pela primeira vez na história um ex-presidente dos EUA será julgado em um caso criminal. O réu, Donald Trump, pode pegar 20 anos de prisão.

O ex-presidente é acusado de 34 crimes diferentes, todos ligados a falsificação de documentos oficiais na tentativa de esconder um suposto pagamento de suborno a uma ex-atriz pornô, Stormy Daniels, durante a eleição de 2018.

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Para Trump, é claro, o dia não é dos melhores. No entanto, poderia ser pior. Dos 4 casos criminais que enfrenta pelo país, o de Nova York é visto como o mais fraco e, por isso, o melhor para ser julgado primeiro na perspectiva do republicano. Dos 4 casos, esse é o que gera mais confusão no público. Muitos nem sequer entendem do que se trata a acusação.

Resumidamente, Trump teria ordenado o pagamento de um suborno de US$ 130 mil a Stormy Daniel para comprar o silêncio da ex-atriz durante a eleição de 2016. Para não atrair curiosidade da mídia, o ex-presidente teria ordenado o pagamento pelo seu então advogado, Michael Cohen, e depois o reembolsado declarando “pagamentos de taxas legais”.

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Diga-se de passagem, visto a eleição apertada de 2016 contra Hillary Clinton, esse escândalo poderia ter custado a Trump a presidência. No entanto, a história só veio à tona anos depois.

Em 2018, o escritório de Cohen foi alvo de uma operação do FBI. Lá agentes apreenderam milhões de documentos digitais. Trump sinalizou que poderia dar perdão ao advogado, mas no final decidiu jogá-lo aos lobos. Para se proteger, Cohen aceitou delatar Trump.

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Na segunda-feira pela manhã, começará a escolha dos 12 jurados que decidirão se Trump cometeu ou não os 34 crimes aos quais é acusado. Para tal, a justiça de Nova York enviou 500 intimações a moradores que serão entrevistados pela acusação e pela defesa, na missão quase impossível de encontrar pessoas indiferentes ao ex-presidente.

Como o caso diz respeito a uma investigação movida pela procuradoria do condado de Nova York, todos os jurados devem ser moradores da Ilha de Manhattan. Em 2020, Trump recebeu míseros 12,21% dos votos da ilha.

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Espera-se que o julgamento como um todo dure de 6 a 8 semanas. Donald Trump, como réu, deve estar fisicamente presente na corte durante todo o processo.

Caso condenado, nem sequer um perdão presidencial poderia salvar a pele do republicano, visto de tratar de um caso estadual. Não é exagero dizer que as próximas 8 semanas podem decidir os rumos da eleição de novembro.

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