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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Tudo pronto para um desmentido ensurdecedor do áudio do Dallagnol

Jornalista Denise Assis comenta notícia publicada pelo Antagonista, que falou com um perito sobre o áudio de Dallagnol; "Tecendo um pouco da teoria conspiratória, podemos supor que há um trabalho em marcha para convencer os que a lerem de que não há como bater o martelo sobre a veracidade do áudio do chefe da força-tarefa"

O juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, durante sessão especial na Assemblei Legislativa do Paraná (ALEP). (Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - O site “O Antagonista”, verdadeiro porta-voz da Lava-Jato, principalmente depois dos vazamentos em que foi exposto como tal, divulgou na manhã desta sexta-feira (12/07) notícia em dava conta de uma recusa do perito Ricardo Molina - sempre chamado a opinar quanto a dúvidas em gravações sonoras - de se pronunciar sobre o áudio vazado por Glenn Greenwald.  

Segundo o portal, Molina teria dado uma explicação técnica, dizendo que: “Nesse momento, em que coloca no YouTube, você já altera o formato da gravação. Porque o YouTube faz um upload conforme o critério de formatação e compactação deles. Não tem como você controlar isso. Essa gravação, para ter algum valor pericial, teria que ser apresentada tal como ela (sic) saiu do Telegram, do WhatsApp ou qualquer aplicativo da qual tenha sido retirada”.

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Vindo de onde vem, a notícia não é apenas uma notícia, claro. Tem aí toda uma intenção, um subtexto. Tecendo um pouco da teoria conspiratória, podemos supor, por exemplo, que há um trabalho em marcha para convencer os que a lerem, de que não há como bater o martelo sobre a veracidade do áudio do chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, veiculado pela revista Veja, no final de semana passado. E, espertos que são, foram buscar um medalhão da área, para preparar o terreno do desmentido, com uma opinião abalizada.

Acontece que, para gatos escaldados, juntar lé com cré é uma rotina. Vai daí que, coincidentemente, um jornalista especializado na área de tecnologia, com coluna em um jornal de grande circulação - aquele, par e passo com O Antagonista - hoje, meio assim como quem não quer nada, escreve justamente sobre como há avanços na área da falsificação de vozes. E alerta inocentemente que isto já foi usado nas eleições passadas e pode ser aplicado de novo em futuras. 

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Diz lá: “Vai fazer dois anos, a Adobe fez a primeira demonstração de um aplicativo chamado VoCo. Alimente-o com gravações da fala de qualquer pessoa que ele analisa. Aí escreva um texto – o software faz com que aquela voz, com sotaque e maneirismos, narre a frase.” (...) “E a quantidade de áudios vazados do whatsApp de políticos mil vão pipocar por aí, de forma convincente, falando sempre as maiores atrocidades, ou cometendo desvios feios, porém discretos o suficiente para que pareçam críveis”. Eu hein! Esses tempos estranhos fazem a gente fazer cada ilação!!!

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