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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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Um Brasil para todos

"O governo golpista tenta reduzir o país às dimensões do mercado. Só cabe quem cabe no mercado. Voltam a governar para 1/3 dos brasileiros. Pratica uma política sistemática e arrasadora de exclusão social, de redução dos cidadãos a indivíduos fragilizados e abandonados, gerando de novo uma enorme população de rua, de pobres e miseráveis", escreve o sociólogo Emir Sader em seu blog; ele enxerga no ex-presidente Lula a possibilidade duma agenda nacional capaz de conciliar o País e de voltar a dar oportunidades a todos, sem distinção; "O Brasil mudou durante 12 anos, passando a ter governos que incluíam a todos, com empregos formais, escolas, universidades, assistência de saúde, poder de compra. Não eram apenas indivíduos, mas cidadãos", escreve Emir

Lula (Foto: Emir Sader)
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As elites brasileiras se acostumaram a governar para 1/3 da população. É a proporção da população que o mercado requer para a reprodução do capitalismo. Uma porção que constitui o mercado de consumo sofisticado, certa porção como mão de obra qualificada, outra como mao de obra desqualificada. O resto são excedentes, que os governos tratam como excedentes do mercado: sem direitos, sem emprego formal, sem políticas sociais, sem escola, sem assistência de saúde.

O governo golpista tenta reduzir o país às dimensões do mercado. Só cabe quem cabe no mercado. Voltam a governar para 1/3 dos brasileiros. Pratica uma política sistemática e arrasadora de exclusão social, de redução dos cidadãos a indivíduos fragilizados e abandonados, gerando de novo uma enorme população de rua, de pobres e miseráveis.

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O Brasil mudou durante 12 anos, passando a ter governos que incluíam a todos, com empregos formais, escolas, universidades, assistência de saúde, poder de compra. Não eram apenas indivíduos, mas cidadãos, isto é, sujeitos de direitos. O mercado interno de consumo popular passou a ser parte integrante, inerente, indispensável, para que a economia crescesse. Distribuir renda passou a ser prioridade dos governos. Passamos a ter um Brasil para todos. Todos os indivíduos passaram a ser cidadãos, com direitos e dignidade garantidos.

O projeto do Lula é, antes de tudo, o de recompor um Brasil para todos, em que todos caibam, em que ninguém viva abandonado, em que todos tenham direitos fundamentais. Sem isso uma sociedade é um aglomerado de pessoas lutando selvagemente para sobreviver, umas contra as outras, sem sentido da totalidade do pais, sem solidariedade, sem sentimento de justiça.

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Nesse projeto cabem todos. Antes de tudo os mais fragilizados por politicas brutais de exclusão social. Por isso, nas Caravanas Lula se dirige prioritariamente a eles, para mobilizá-los pela defesa dos seus interesses, pela consciência do caráter do golpe e das vias de recuperação da dignidade e dos direitos que lhes estão sendo retirados.

Mas num Brasil democrático cabem todos. Cabem todos os que vivem do seu trabalho, que contribuem para a retomada do crescimento econômico centrado na economia produtiva e geradora de bens e de empregos. Cabem todos os que estejam de acordo com um projeto nacional soberano, solidário, integrador.

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Cabem todos os que estejam de acordo em que todos possam expressar livremente suas opiniões, de forma democrática e sem difundir ódios e rancores.

So ficarão fora de um Brasil democrático os que insistam em viver da especulação financeira, do rentismo, canalizando para para a compra e venda de papeis os recursos que o pais precisa para voltar a crescer, gerar bens e empregos.

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Só ficarão de fora os que insistam em monopolizar a formação da opinião publica, querendo preservar o privilegio de algumas poucas famílias em detrimento do direito à voz de todos os brasileiros.

Esse amplo movimento nacional vai muito além das formas de esquerda, tendo nelas seu eixo fundamental. As alianças nao se fazem pela fulanização – este sim, este não -, como se fosse escolha pessoal. Se faz a partir da formulação – que fazem as Caravanas do Lula - de um grande projeto de reconstrução nacional, em que se afirmem e se garantam os interesses de todos. Quem estiver de acordo, cabe, adere a um programa, mais além de subjetivismos e idiossincrasias

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O Brasil precisa contar com todas as forcas possíveis para reverter a terrível derrota que o golpe impôs à democracia, aos direitos do povo e à soberania do país. Temos que conquistar grandes setores da população que se deixaram enganar pelas tramas do golpe, se não nos manteremos na minoria a que eles nos submeteram.

Lula representa o grande aríete para a ruptura do isolamento que nos foi imposto e que permitiu o golpe e os imensos retrocessos que vivemos. As Caravanas são o instrumento da construção da força social, econômica, política e cultural que nos permitira retomar a construção de um Brasil para todos. Nisso jogamos, neste próximo ano, o destino do nosso país por muito tempo e, em parte, também o destino de toda a America Latina.

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