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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

181 artigos

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Um desgoverno de perdas e revelações

Perdemos uma eleição, a dignidade, a História e, agora, a Amazônia. A casa-grande ainda acredita que transformando o país em terra arrasada conseguirá erguer ali uma sociedade a seu bel prazer.

Funcionários fazem limpeza e manutenção no Palácio do Planalto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Perdemos uma eleição, a dignidade, a História e, agora, a Amazônia. A casa-grande ainda acredita que transformando o país em terra arrasada conseguirá erguer ali uma sociedade a seu bel prazer. Os alemães não são, é claro, totalmente altruístas, generosos ou bondosos quando bancam fundos para preservação florestal. É apenas uma questão de sobrevivência global, que jamais adentrará os excrementos intracranianos do presidente desta infeliz e insana república. O hilário decreto presidencial proibindo queimadas no país lembra o instrumento análogo proibindo enchentes no município paulista de Aparecida, em 2007. Na época, o prefeito daquela cidade alegava que estava cansado das cobranças dos vereadores face às constantes inundações sofridas pela população. Era carinhosamente chamado pela alcunha de “Zé Louquinho”.

Bem sabemos que os negócios religiosos (tanto avocando deuses, quantodemônios) caminham a passos largos para impor sua visão de mundo, refutando fatos científicos e defendendo pautas de costumes na política. Não à toa, jornais passam a fazer um balanço semanal dos descalabros governamentais de Jair Bolsonaro. O que eram manifestações estapafúrdias coincidentes com votações importantes de projetos deletérios para a sociedade brasileira agora são destemperança contínua e ininterrupta. Se isso não é motivo para impedimento, o que seria? Ser mulher ou usar barba?

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Quanto a isso, cada vez sinto mais orgulho dessa mulher, Dilma Rousseff, ereforço a certeza de estarmos do lado certo da História. Emblemático foi a prisão de Lula ter completado 500 dias na sequência da comemoração do Dia do Historiador. As consequências imediatas dessas manifestações são imprevisíveis, mas o colapso institucional promovido desde 2016 é evidente e não se justifica apenas por uma economia fraca. Fraco é o governo.

Aos poucos também vai desMOROnando o verniz de conduta ilibada do ex-juiz,atual Ministro da Justiça (sic). Se procedimentos simples de oitivas e delações não foram seguidos, o que dizer de provas inexistentes, convicções politizadas e vingança no lugar de justiça? Espero que ainda haja tempo de reverter o estrago jurídico causado por Sérgio Moro, que culminou em eleição viciada e destruição do patrimônio público brasileiro. Porém, surpreende que ainda cerca de um terço da população aprove o governo que aí está. Com ininterrupto descalabro no trato da coisa pública e patacoadas para lidar com o ofício de presidente, o impedimento de Bolsonaro era para ser a matéria principal em discussão. Mourão poderia se dignar a anunciar sua renúncia para haver novas eleições, quem sabe, livres de fake news e candidatos laranja.

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