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Virginia Berriel

Executiva Nacional da CUT

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Um filme já visto: a repetição da mentira tornar-se verdade

A democratização da mídia é imprescindível antes que a destruição de pessoas se amplie e a repetição torne as versões mentirosas em fatos

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O ministro da Propaganda de Hitler, o alemão Joseph Goebbels, ensinava que "de tanto repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade". Seguia princípios claros para a destruição daqueles que considerava inimigos, divulgando ideias orquestradas e mentirosas a respeito de pessoas e organizações.

Qualquer coincidência com a mídia golpista brasileira não é mera coincidência. A repetição de inverdades e suspeitas infundadas se transforma em disse-me-disse que, de boca em boca, se faz "verdade", destruindo imagens, pessoas, vidas profissionais e pessoais.

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Os meios de Comunicação, em sua maioria, não tem primazia pela informação verdadeira; ao contrário, tomam partido, e de maneira vergonhosa manipulam mentes e corações desvirtuam o debate, dando ou tirando o crédito conforme aprouver seus interesses. Muitas vezes, dissemina o ódio, o preconceito, a apartação social, política, cultural, prestando um desserviço à população. A informação quando veiculada com parcialidade, pode causar muitos estragos.

Quem esqueceu o caso dos donos da Escola Base, em São Paulo que acusados de pedófilos, sem qualquer chance de defesa e nenhum julgamento jurídico, foram destruídos pelas acusações dos veículos de imprensa que formaram uma opinião pública perversa e mentirosa? Diga-se que a Rede Globo foi condenada a pagar R$ 1,35 milhões para reparar os danos morais causados aos donos e ao motorista da Escola que até hoje não conseguiram se reerguer da devastação causada em suas vidas.

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Luís Gushiken, acusado por supostos desvios de dinheiro público, também foi jogado na lama tóxica promovida pela imprensa. Em 2006, a revista Veja publicou uma daquelas "reportagens" lamentáveis. A matéria acusava Gushiken, assim como outros ministros do governo Lula, de manter conta bancária secreta no exterior. Oito anos se passaram e somente depois da morte de Gushiken a justiça reparou os ataques covardes condenando a Veja a indenizar a família do "samurai" em R$ 100 mil. Esses mesmo meios de comunicação não deram espaço para publicar a lição que a fétida revista recebeu.

Em 1989, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, a mesma mídia golpista, apontava militantes do PT como envolvidos diretamente no sequestro de Abílio Diniz. As acusações foram desmentidas somente após a vitória de Collor. E, segundo a professora de comunicação Diana Paula de Souza, a cobertura da mídia sobre o sequestro foi decisiva para o resultado da eleição.

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Impossível não relacionar esses casos com o "mantra" atual da imprensa brasileira. O desejo de destruir a qualquer custo a continuidade do projeto de governo que atua decisivamente para a inclusão de milhares de brasileiras e brasileiros até então solenemente ignorados pelos "donos do poder", assume proporções antiéticas destrutivas, irresponsavelmente absurdas.

As tentativas diárias de envolver Lula e sua família em falcatruas, desvios de dinheiro, abuso de poder e influências para obter vantagens se tornam vergonhosas e demonstram o desespero de uma direita oligárquica e escravista, que faz questão de manter conceitos e ações retrógrados e inadmissíveis para um tempo que deveria ser de respeito à igualdade e ao direito de todos terem acesso a políticas públicas elementares para o exercício da cidadania.

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A construção "jornalística" de personagens à revelia da verdade, com intenções vergonhosamente destrutivas para influenciar no resultado das eleições, como o que ocorre com Lula e o PT neste momento, precisa parar. Não é suficiente, apesar de ser um avanço na conservadora forma de coexistência social dos meios de comunicação, a regulamentação do direito de resposta. A democratização da mídia é imprescindível antes que a destruição de pessoas se amplie e a repetição torne as versões mentirosas em fatos.

Nosso papel para a construção e o fortalecimento da contrainformação é para ontem. Não podemos assistir aos desmandos de meios de comunicação que manipulam informações, criam manchetes mentirosas e falsas de primeira página, dão como verdade calúnias e difamações e ignoram solenemente as contraprovas e a verdade restabelecida. É hora de agir, pois as cartas dos processos eleitorais de 2016 e 2018 estão na mesa. As falácias que doem na retina e rasgam a alma precisam ser denunciadas e implodidas na sua origem.

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As reformas necessárias para o país avançar, como o fim da especulação financeira e a reforma política, que são essenciais, serão viabilizadas de forma mais efetiva a partir da democratização dos meios de comunicação. Ações dessa magnitude seguramente podem garantir a manutenção e o fortalecimento da democracia do país com suor e sangue de muitos brasileiros.

A democratização dos meios de comunicação faz parte de um processo profundo de mudança e deve ser abraçada por todos: movimento sindical, movimento social, pelos nossos representantes políticos. Faz-se necessário forçar a mídia a olhar para si própria, apontar que há algo errado e podre em seu reino. Debater com a sociedade e construir mudanças em respeito ao povo brasileiro, à ética jornalística e à democracia tornou-se imprescindível para o avanço social e político que acreditamos necessários para formar um país realmente de todas e todos.

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