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Sérgio Fontenele

Sérgio Fontenele é jornalista e comentarista político

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Um plano de sombras, dor e sofrimento

A atitude de Bolsonaro, como presidente da República, resultaria num cenário muito mais trágico, com número incomensurável de mortes

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Por Sérgio Fontenele, para o Pensar Piauí

O vazamento de mais uma intriga palaciana, para derrubar o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, através de uma conversa entre o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), dá a medida do que poderá acontecer com o Brasil. Sem qualquer alarmismo, a atual conjuntura política, marcada por um racha dentro do governo federal, em meio à pandemia da COVID-19, deverá contribuir para o agravamento da crise sanitária, sem precedentes na recente história brasileira.

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A epidemia do coronavírus, extremamente contagioso, revelará sua verdadeira face daqui a duas ou três semanas, quando do pico do contágio, dos casos e das mortes, segundo os especialistas. Mas isso é uma projeção, feita pelos maiores epidemiologistas brasileiros. Portanto, qualquer outra medida que não seja o isolamento social mínimo de 70% da população, antes do período previsto para o pico, é uma temeridade. E o governador e prefeito de São Paulo, João Dória e Bruno Covas, respectivamente, têm razão nesse sentido.

Assim sendo, se chega à conclusão óbvia de que o presidente Jair Bolsonaro, em sua postura de minimizar a gravidade da situação e sabotar, direta e indiretamente, o trabalho de seu ministro da Saúde – o colóquio Onyx/Osmar Terra “Plana” comprova tal tese –, pode conduzir a nação rumo à catástrofe. E a única coisa que o presidente parece conseguir ver é seu projeto de poder, que passa pela sonhada reeleição ao Planalto, em 2022. O contexto no qual Bolsonaro “frita” Mandetta mostra que as vidas em jogo são o que menos conta.

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Aposta no conflito

Jair, seus filhos, mentores intelectuais – como o suposto astrólogo Olavo de Carvalho, guru presidencial – e membros da atual cúpula ideológica central, extremista, acreditam e apostam no conflito, na crise, como método, principal instrumento de exercício hegemônico e única possibilidade de manter-se no poder. Como observou o publicitário Renato Meirelles, presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva, a estratégia bolsonarista, visando manter a polarização política, poderá dar certo do ponto de vista eleitoral, daqui a dois anos.

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O problema, continuou o publicitário, é que essa concepção, ao minar as frágeis condições de combate sanitário e econômico à pandemia da COVID-19, inclusive manipulando elementos como a perigosa mistura de política e religião, em detrimento da compreensão científica, pode elevar muito o nível de letalidade. Trocando em miúdos, a atitude de Bolsonaro, como presidente da República, resultaria num cenário muito mais trágico, com número incomensurável de mortes, do que a vã imaginação humana consegue conceber.

Ao incentivar o retorno à “vida” – ou morte? – normal, com a reabertura parcial ou total, mais ou menos restrita ou irrestrita, de todas as atividades econômicas e educacionais, basicamente por uma questão ideológico-eleitoral, Jair, seus filhos e seguidores tentam lançar o País num plano de sombras, dor e sofrimento. Tudo isso em nome de um projeto pessoal, familiar, egoísta, que governa de forma direcionada exclusivamente aos mais ricos, ao mercado financeiro, às camadas mais favorecidas da sociedade. E o povo?

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