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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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Um tesouro atrás do outro

Tamanha generosidade vinda de um regime irremediavelmente corrupto e corruptor aconteceu a troco de nada?

Joias e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/TV Globo | REUTERS/Evelyn Hockstein)
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Não há registro, ao menos na história recente, de generosidade mais ampla e retumbante que a dos árabes, tendo sempre como alvo uma mesma pessoa – Jair Messias.    

Essa generosidade se traduz em jóias caríssimas, muitas delas exclusivas. E quem recebe nem agradece em público: prefere o silêncio.

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É verdade que ele não conseguiu embolsar um punhado de jóias supostamente destinadas à sua senhora esposa, a dona Michelle, que valiam uns três milhões e tanto de dólares. E precisou devolver outro conjunto que tinha embolsado, e que entre outras preciosidades abrigava um relógio de ouro maciço que teve apenas 25 exemplares fabricados.  

Só que aconteceram mais lembrancinhas oferecidas pelos árabes e que continuam nas mãos – ou nos bolsos – do alucinado ultradireitista, entre elas um relógio único, abotoaduras, enfim, pelo menos mais meio milhão de reais. Pelo menos.

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Agora, é só esperar: na certa mais presentes aparecerão. Convém recordar que a legislação é bastante clara: objetos recebidos tanto pelo mandatário como por outras autoridades com valores acima de cinco mil reais devem passar ao patrimônio da União.  

Jair Messias mostra que tem um entendimento peculiar sobre o que significa “União”: ele mesmo.  

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Há dúvidas bastante plausíveis: os presentes seriam presentes ou suborno? Tamanha generosidade vinda de um regime irremediavelmente corrupto e corruptor aconteceu a troco de nada?

Quem é das antigas haverá de se lembrar da figura de Adhemar de Barros, que foi governador de São Paulo e era perito em grandes obras públicas. Era um conhecido ladravaz, e se divertia com o bordão que inventaram para ele: “Rouba, mas faz”.

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Jair Messias é o contrário. Desde seus tempos de deputado se entupiu de dinheiro na base da “rachadinha”, ou seja, contratava funcionários fantasmas para postos de assessoria parlamentar e ficava com o salário. A prática se estendeu pela filharada, e o mais absurdo é que todos continuam à solta, sempre pimpões.  

Resumindo: Jair Messias rouba, e não fez nada a não ser tentar destruir o país, e agora nem isso.

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Diz ele que volta essa semana, depois de três meses foragido em Orlando, onde foi vizinho do verdadeiro Pateta.

Aqui outro pateta, bem mais vulgar, chamado Valdemar Costa Neto, anuncia que tanto Jair Messias como dona Michelle irão percorrer o país com os olhos postos nas eleições municipais do ano que vem.  

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Os dois serão assalariados do Partido Liberal. Cada um levará uns quarenta mil mensais. Se a isso forem somadas as aposentadorias de Jair Messias, a dupla em questão estará faturando cento e vinte mil por mês. E há rumores de que o tal partido ainda vai pagar o aluguel da casona onde eles irão morar, em área nobre de Brasília. Que tal?  

Pode parecer muito, mas para a fome de Jair Messias é pouco. Ele sempre vai querer mais e mais.

Até quando? Onde já se viu semelhante figura solta por aí, como se tudo fosse absolutamente normal, dentro da lei?

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