Um tiro de fuzil... no coração do Rio
Cabe ao MPRJ exigir a relação de fuzis existentes nas corporações policiais, relação dos policiais capacitados em seu uso com curso de capacitação feitos na PF e, assim, restringir o uso indiscriminado de tais armas, através de um Termo de Ajuste de Conduta
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Não sou carioca. Não sou fluminense. Mas, sou brasileiro, servi por mais de 18 anos à Força Aérea Brasileira e servi por mais de 20 anos como delegado à Polícia Civil de Pernambuco.
Lembro que colegas militares foram fazer parte da Força Nacional destacada para o Rio de Janeiro e, 30 dias depois, retornaram, não aceitaram renovar a estadia. Perguntei ao comandante da Força Policial o motivo e eis a resposta: CORRUPÇÃO e DISCRIMINAÇÃO.
O que o filme Tropa de Elite mostrou ao público foi a face violenta e corrupta da PMRJ, mas, o que não mostrou foi a milícia assumindo o controle das áreas em que traficantes eram expulsos, milícia essa formada por militares e ex-militares, já com o comprovado apoio político, iniciando-se uma guerra.
Só que essa guerra nada tem a ver com a sociedade ou o Governo do Rio de Janeiro, trata-se de uma guerra clandestina encabeçada por policiais da ativa corruptos que, verdadeiramente, são quem comandam as milícias com apoio político.
Toda organização criminosa se sustenta no tempo, apesar dos crimes cometidos, através do tripé: Criminosos, Apoio Policial (Seja POLÍCIA, MP ou JUSTIÇA) e Apoio Político.
E devemos acabar com a ideia idílica que milícia é melhor que traficante, é tudo bandido da mesma espécie, todos traficam drogas e armas, praticam extorsão, roubam assassinam, etc...
Nessa guerra suja, surgiu o uso indiscriminado pela Polícia Militar de armas de guerra, sem nenhum controle ou treinamento estratégico: FUZIS E METRALHADORAS .30 E .50 COM MUNIÇÃO PERFURANTE.
Uma bala de fuzil chega a percorrer dois quilômetros e meio com potencialidade letal contra qualquer pessoa que esteja no seu caminho. E os policiais sabem muito bem disso, tratando-se, indubitavelmente, de homicídio doloso, já que o atirador sabe e assume o risco de produzir o resultado morte. Disparar armas desses calibres, de forma indiscriminada, em uma zona urbana é crime sim. É UMA ROLETA RUSSA CONTRA A SOCIEDADE.
Para as polícias foram desenvolvidas as pistolas e metralhadoras .40, com alcance letal de 100 metros e cuja munição é deformante, ou seja, ela para no alvo.
Não que a Polícia Militar não possa dispor de fuzis, é claro que, em alguns casos, ele é necessário. Todavia, devem ficar restritos aos atiradores de elite, devidamente assim cadastrados, após passar por rigoroso treinamento sobre o disparo eficiente e limpo, ou seja: QUE ATINJA APENAS O ALVO E NÃO INOCENTES.
Cabe ao MPRJ exigir a relação de fuzis existentes nas corporações policiais, relação dos policiais capacitados em seu uso com curso de capacitação feitos na PF e, assim, restringir o uso indiscriminado de tais armas, através de um Termo de Ajuste de Conduta.
Aqui em Pernambuco não tem disso não, não tem disso não, não tem disso não.
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