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Carlos Alberto Velozo Lopes

Delegado de Polícia Aposentado do Estado de Pernambuco

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Um tiro de fuzil... no coração do Rio

Cabe ao MPRJ exigir a relação de fuzis existentes nas corporações policiais, relação dos policiais capacitados em seu uso com curso de capacitação feitos na PF e, assim, restringir o uso indiscriminado de tais armas, através de um Termo de Ajuste de Conduta

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Não sou carioca. Não sou fluminense. Mas, sou brasileiro, servi por mais de 18 anos à Força Aérea Brasileira e servi por mais de 20 anos como delegado à Polícia Civil de Pernambuco.

Lembro que colegas militares foram fazer parte da Força Nacional destacada para o Rio de Janeiro e, 30 dias depois, retornaram, não aceitaram renovar a estadia. Perguntei ao comandante da Força Policial o motivo e eis a resposta: CORRUPÇÃO e DISCRIMINAÇÃO.

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O que o filme Tropa de Elite mostrou ao público foi a face violenta e corrupta da PMRJ, mas, o que não mostrou foi a milícia assumindo o controle das áreas em que traficantes eram expulsos, milícia essa formada por militares e ex-militares, já com o comprovado apoio político, iniciando-se uma guerra.

Só que essa guerra nada tem a ver com a sociedade ou o Governo do Rio de Janeiro, trata-se de uma guerra clandestina encabeçada por policiais da ativa corruptos que, verdadeiramente, são quem comandam as milícias com apoio político.

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Toda organização criminosa se sustenta no tempo, apesar dos crimes cometidos, através do tripé: Criminosos, Apoio Policial (Seja POLÍCIA, MP ou JUSTIÇA) e Apoio Político.

E devemos acabar com a ideia idílica que milícia é melhor que traficante, é tudo bandido da mesma espécie, todos traficam drogas e armas, praticam extorsão, roubam assassinam, etc...

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Nessa guerra suja, surgiu o uso indiscriminado pela Polícia Militar de armas de guerra, sem nenhum controle ou treinamento estratégico: FUZIS E METRALHADORAS .30 E .50 COM MUNIÇÃO PERFURANTE.

Uma bala de fuzil chega a percorrer dois quilômetros e meio com potencialidade letal contra qualquer pessoa que esteja no seu caminho. E os policiais sabem muito bem disso, tratando-se, indubitavelmente, de homicídio doloso, já que o atirador sabe e assume o risco de produzir o resultado morte.  Disparar armas desses calibres, de forma indiscriminada, em uma zona urbana é crime sim. É UMA ROLETA RUSSA CONTRA A SOCIEDADE.

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Para as polícias foram desenvolvidas as pistolas e metralhadoras .40, com alcance letal de 100 metros e cuja munição é deformante, ou seja, ela para no alvo.

Não que a Polícia Militar não possa dispor de fuzis, é claro que, em alguns casos, ele é necessário. Todavia, devem ficar restritos aos atiradores de elite, devidamente assim cadastrados, após passar por rigoroso treinamento sobre o disparo eficiente e limpo, ou seja: QUE ATINJA APENAS O ALVO E NÃO INOCENTES.

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Cabe ao MPRJ exigir a relação de fuzis existentes nas corporações policiais, relação dos policiais capacitados em seu uso com curso de capacitação feitos na PF e, assim, restringir o uso indiscriminado de tais armas, através de um Termo de Ajuste de Conduta.

Aqui em Pernambuco não tem disso não, não tem disso não, não tem disso não.

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