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Marco Mondaini

Historiador e Professor da Universidade Federal de Pernambuco. Coordena e apresenta o programa Trilhas da Democracia, exibido aos domingos na TV 247.

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Uma democracia cambaleante entre o desespero bolsonarista e a euforia lulista

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS)
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Os dois meses que nos separam de 2 de outubro serão longos. É mais do que compreensível que as forças democráticas, especialmente a sua fração situada mais à esquerda, esteja ansiosa pela sua chegada, pois, afinal de contas, vem acumulando uma sucessão de derrotas desde, paradoxalmente, a vitória nas eleições presidenciais de 2014.

Exageros à parte, a expectativa dos apoiadores de Lula é de que, finalmente, é chegada a hora da redenção do país guiada pelo maior líder popular da história do Brasil e pelo partido que possui hoje os maiores índices de identificação – um partido que conseguiu reverter parcialmente, em pouco mais de 5 anos, o sentimento de aversão que teve seu ápice no ano de 2018.

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A euforia da sua militância cresce à medida em que aumenta o desespero dos defensores do atual governo em relação à possibilidade de uma virada eleitoral suficientemente capaz de impactar a estabilidade das pesquisas que, há tempos, apontam uma consistente diferença de 10 a 20 pontos percentuais entre o ex-presidente e o atual presidente.

A questão é que euforia e desespero não são bons conselheiros e é aí que reside um dos problemas a ser administrado politicamente na disputa eleitoral que se avizinha e, também, no seu day after. Por razões distintas, as duas “emoções” podem alimentar riscos à democracia que lulistas querem salvar e bolsonaristas pretendem destruir de uma vez por todas.

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O desespero dos bolsonaristas (a começar pelo do próprio presidente em exercício) vem potencializando o conjunto de tendências fascistas que os caracterizam, degenerando em ações de violência criminosa, por enquanto microscópicas, mas que, a qualquer momento, podem ganhar características massivas – o que, sem sombra de dúvidas, representa o maior risco à nossa cambaleante democracia.

Entretanto, a euforia de lulistas (impulsionada pelo ex-presidente) tanto pode se afirmar como um poderoso agente de mobilização como, contraditoriamente, pode se expressar como um sentimento que leva muito rapidamente à reversão de expectativas – o que por si só não consiste num risco à democracia que se pretende livrar dos aparelhos de respiração, mas, também e principalmente, reconstruir nos próximos anos.

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Oxalá o desespero bolsonarista retorne à lata de lixo da história de onde nunca deveria ter saído e a euforia lulista cresça na sua capacidade mobilizadora, sem descambar para o seu polo oposto – a decepção.

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