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Robson Sávio Reis Souza

Doutor em Ciências Sociais e pós-doutor em Direitos Humanos

159 artigos

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Uma fábula de fim de ano: até quando as elites manterão o bode na sala?

O colunista Robson Sávio destaca que "a cada dia, não obstante as imensas doses de perfume lançadas pela mídia empresarial, líderes religiosos e um exército de zumbis em redes sociais, a catinga do bode aumenta". "E, o pior: o bode trouxe para a sala das elites daquele longínquo lugar além de seu cheiro insuportável, o desagradável odor dos seus filhos, mulheres, milicianos e outras personagens cavernosas do submundo daquele país", acrescenta

cla bolsonaro (Foto: ascom/tse)
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Conta-se que as elites de um “país de faz-de-conta” (que só cheiram bem graças a doses cavalares de perfume importado) resolveram golpear a democracia.  

Para consumar a ruptura, escolheram um bode velho na política para comandar o país. Pensavam que “a liturgia do cargo”, uma fragrância aplicada em altas doses, tornaria o ogro do baixo clero parlamentar menos malcheiroso e amado pelo povo e pelas nações. 

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As elites daquele país de faz-de-conta eram compostas pela turma do pato amarelo (das grandes indústrias e multinacionais), dos bancos e do agronegócio.   

Esses “donos do capital” podiam contar com outros aliados. Afinal, tinham trabalhadores que se consideravam elite: a turma da “fina-flor” do judiciário, MP, polícias, Forças Armadas e neopentecostais; parte da classe média, operários da velhaca mídia empresarial, além de prepostos do Tio Sam em vários setores daquela sociedade.  

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Essas elites e seu exército de marionetes sabiam que o importante depois do golpe seria garantir o controle da economia e sufocar qualquer sublevação do povo. Portanto, pouco importava quem seria o presidente de plantão. Fundamental para viabilizar seus interesses era garantir um governo comandado de fato por um capataz do ultraliberalismo, tipo um “Chicago boy”, e um preposto da CIA e do Departamento de Estado norteamericano (órgãos especializados em golpes, repressão popular e terrorismo de Estado), tipo um “xerife do velho oeste das araucárias”.   

Acontece que o bode que escolheram (e se apresenta como comandante) fede demais. A cada dia, não obstante as imensas doses de perfume lançadas pela mídia empresarial, líderes religiosos e um exército de zumbis em redes sociais, a catinga do bode aumenta. E, o pior: o bode trouxe para a sala das elites daquele longínquo lugar além de seu cheiro insuportável, o desagradável odor dos seus filhos, mulheres, milicianos e outras personagens cavernosas do submundo daquele país.  

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E o cheiro do bode tornava-se cada vez mais detestável. Não havia perfume suficiente para disfarçar o incômodo dos falsamente limpinhos, cheirosos e bons cristãos que patrocinaram e elegeram o bode e seu clã para comandarem aquele país.  

As carpideiras midiáticas começaram a chorar lágrimas de crocodilo, como se nada tivessem com o vexame nacional e internacional do bode velho.   

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Enquanto isso, o “Chicago boy” e o “xerife do velho oeste das araucárias” tocam a pauta do ultraliberalismo autoritário e obscurantista com a ajuda de bobos da corte e diversionistas em ministérios, um Congresso cambiante e um poder judiciário delirante.   

E o bode era só fedentina...  

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E a moral dessa fábula termina com uma pergunta: até quando as elites daquele país tão distante manterão o bode na sala?

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