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Vanessa Grazziotin

Ex-vereadora de Manaus e ex-senadora. Compõe a Direção Nacional do PCdoB

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Uma guerra de todos

O vírus Zika gerou uma crise de saúde global e tem de ser atacado por todos os meios possíveis. Este é o entendimento de todos. Os profissionais de saúde, os pesquisadores e os gestores

bebe zika  (Foto: Vanessa Grazziotin)
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Há alguns anos temos empreendido uma batalha contra um pequeno inimigo que traz imensos estragos: o Aedes Aegypti. Este inseto é o vetor de doenças como: Zika, Dengue e Chikungunya e que vem atingindo milhares de brasileiros todos os anos.

Entretanto a conformação da relação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia mudou drasticamente esta guerra. A comprovação da relação entre o zika e os diversos casos de microcefalia é alarmante. Corremos o grave risco de assistir a essa doença atingir muitas de nossas crianças. Últimas notícias dão conta de que se encontrou em fetos o vírus do Zika. Outro fato que agrava ainda mais a situação é o fato do Zika vírus poder também estar associado à ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença neurológica caracterizada por fraqueza progressiva nas pernas, acompanhada de paralisia muscular. Em geral, a doença evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar.

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Somam-se às dificuldades, os casos em que as grávidas são abandonadas por seus maridos e companheiros que fogem da responsabilidade de cuidar das crianças.

O vírus Zika gerou uma crise de saúde global e tem de ser atacado por todos os meios possíveis. Este é o entendimento de todos. Os profissionais de saúde, os pesquisadores e os gestores.

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Não há neste momento espaço para dúvidas ou disputas, dentro ou fora do Brasil.

O Zika atualmente está circulando em cerca de 30 países, especialmente na América Latina e no Caribe. A necessidade do desenvolvimento da vacina contra o vírus foi mencionada também em uma declaração conjunta, assinada por representantes do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Brasil, em Manaus, em dezembro de 2015.

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O Brasil também está investindo para disponibilizar um teste rápido para identificar o Zika. Esses testes serão fundamentais para o acompanhamento de mulheres grávidas e outros doentes e é importante, em termos epidemiológicos, que o Brasil saiba o que está ocorrendo.

Outro front é o desenvolvimento de uma vacina contra a ação do Zika vírus, através da ação conjunta de entidades científicas do Brasil como a Fiocruz, Instituto Butantã, dentre outros e dos Estados Unidos através do Instituto Norte-Americano de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid), organização que coordena pesquisas para combater doenças infecciosas, imunológicas e alérgicas.

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O governo norte-americano pediu autorização do Congresso para a liberação de US$ 1,8 bilhão para combater o vírus Zika. Parte desse dinheiro (US$ 41 milhões) será alocada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em outros países. Sobre o repasse ao Brasil, os recursos serão transferidos para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que vai aplicar o dinheiro na melhoria do diagnóstico do vírus, na implementação de equipamentos de controle da doença e no treinamento dos profissionais que lidam com as pessoas afetadas.

Essa mobilização é fundamental para enfrentar a crise. No Brasil, mais de 4 mil casos de microcefalia foram registrados desde outubro de 2015. Em 2014, houve apenas 147 casos conhecidos da doença.

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Além do esforço científico voltado para a vacina e o tratamento do Zika, nossas forças armadas estão realizando mutirões em todo o país com a participação de mais de 200 mil militares. A meta é visitar três milhões de residências em cerca de 350 cidades.

Os militares estão distribuindo cerca de quatro milhões de panfletos informativos sobre como eliminar os focos de proliferação do mosquito. Segundo as pesquisas cerca de 60% dos nascedouros do mosquito estão nas residências e, por isso, é importante mobilizar a população no combate ao inseto.

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A mobilização é a segunda etapa do cronograma criado pelo Ministério da Defesa, que já promoveu a eliminação de focos do mosquito em unidades das Forças Armadas e órgãos públicos.

Em uma terceira etapa, o cronograma prevê a ação de militares em conjunto com agentes de saúde. Eles visitarão residências para eliminar nascedouros do mosquito entre os dias 15 e 18 de fevereiro.

Já a quarta fase do plano da Defesa será desenvolvida em parceria com o Ministério da Educação, entre 19 de fevereiro e 4 de março, quando as escolas públicas serão visitadas por militares, em palestras aos estudantes sobre a necessidade de combater o Aedes Aegypti.

Neste momento não podemos titubear, ou tergiversar, a luta contra o Aedes é de todos.

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