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      Voney Malta

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      Uma visão sobre o Nordeste e Dilma

      Entre março e junho deste ano, o número dos nordestinos que avaliavam o governo petista como ótimo ou bom caiu de 18 para 13%. No quesito ruim ou péssimo aumentou de 55% para 63%

      Entre março e junho deste ano, o número dos nordestinos que avaliavam o governo petista como ótimo ou bom caiu de 18 para 13%. No quesito ruim ou péssimo aumentou de 55% para 63% (Foto: Voney Malta)

      Na eleição presidencial mais disputada desde a redemocratização, a Região Nordeste foi responsável pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). No 1º turno ela teve 70,61% e no 2º o percentual aumentou para 78,76%.

      No fechamento da totalização no segundo turno ela obteve 51,64% dos votos. O adversário, Aécio Neves (PSDB), somou 48,36%, uma diferença de pouco mais de 3%. Fica claro, repito, que os nordestinos foram responsáveis pela manutenção da presidente no comando do País.

      No entanto, pesquisa divulgada no início deste mês pelo Ibope e encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que a queda acentuada da presidente ocorre na mesma região que lhe deu a vitória.

      Entre março e junho deste ano, o número dos nordestinos que avaliavam o governo petista como ótimo ou bom caiu de 18 para 13%. No quesito ruim ou péssimo aumentou de 55% para 63%. Os responsáveis pela pesquisa revelam que "a popularidade da presidente e de seu governo estão sofrendo os efeitos do quadro político e econômico".

      Verdade. O noticiário está recheado de notícia sobre inflação, desemprego, ajuste fiscal, aumento de combustíveis e energia, alimentos, enfim. No campo político, a Lava Jato, as denúncias de corrupção e as imensas dificuldades na disputa no Congresso.

      Mas o que houve com o nordestino, especificamente? Fácil de responder. Efetivamente o governo petista conseguiu melhorar a renda do povo da Região. Muita gente conseguiu adquirir eletrodomésticos, carro popular, moto, comprar material de construção para melhorar sua casa, por exemplo.

      Mas agora, com o aumento no preço dos combustíveis, da energia e dos alimentos, essa renda tende a cair, o que significa consumir menos. Ou seja, aperto, dificuldade. Some a isso a crise política. Ora, claro que é construído um clima de medo e de desconfiança. Especialmente quando o bolso é afetado e pode ser ainda mais no clima de desconfiança instalado neste momento.

      Mexeu com o bolso, mexe com tudo. Tirou a bolacha da boca e o dinheiro do bolso, um inimigo é conquistado.

      O desafio é alterar esse quadro quando nada é tão ruim que não possa piorar, como diz o ditado popular, embora tudo tem solução.

      Simples assim.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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