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Breno Altman

Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel

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Unidade se faz com nomes e sobrenomes

O jornalista Breno Altman escreve sobre a unidade das esquerdas: "Já não há mais tempo para declarações vagas"; para ele, a unidade se constrói ao redor de objetivos e "com nomes e sobrenomes"; "O PT propõe, há meses, a unidade ao redor de Lula, em uma batalha crucial por sua liberdade e pelo direito de ser candidato, compreendendo que é ao redor dessa questão democrática fundamental que se define o rumo eleitoral"

Unidade se faz com nomes e sobrenomes (Foto: Ricardo Stuckert)
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Unidade do campo progressista é bela bandeira. Mas se for apenas uma tese vaga, um apelo, de que serve?

Unidade se constrói ao redor de objetivos. Está de bom tamanho e talvez seja consensual essa plataforma mínima: derrotar o bloco golpista, revogar a agenda liberal, estabelecer um governo popular e implementar reformas favoráveis à democracia, à justiça social e à soberania nacional.

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Mas unidade somente se constrói com nomes e sobrenomes, a partir de candidaturas que expressem o programa e, acima de tudo, a vontade do povo.

Já não há mais tempo para declarações vagas.

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O PT propõe, há meses, a unidade ao redor de Lula, em uma batalha crucial por sua liberdade e pelo direito de ser candidato, compreendendo que é ao redor dessa questão democrática fundamental que se define o rumo eleitoral.

A direção petista tem dito e negociado claramente que a vice poderia caber a outro partido de eventual aliança nacional: Manuela D’Avila ou o próprio Ciro. E que estaria disposta a um pacto também nos estados para atrair também o PSB para a coalizão.

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Por fim: mesmo que eventualmente o PT viesse a ser obrigado a uma troca de candidato, a vice continuaria a ser ocupada por um nome de outro partido da aliança, Manu ou Ciro, por exemplo.

E, sim, por sua força e representatividade, pelo peso da liderança de Lula, o PT reivindica a primazia de decidir quem estará encabeçando a chapa depois da batalha por Lula e até mesmo se haverá alguma troca, sempre consultando a posição de seus aliados, mas assumindo a responsabilidade final por qualquer decisão.

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Essa é uma proposta clara e transparente se unidade, não um apelo genérico, que a essa altura poderia ser considerado diversionista ou até hipócrita.

O problema principal para a unidade, portanto, não está no PT, embora essa bandeira tenha seus desvios sectários e hegemonistas.

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As dificuldades estão nas forças que lançaram suas candidaturas solo, com toda a legitimidade, mas correndo seus riscos.

O PDT de Ciro, por exemplo, nem sequer ensaia retóricas unitárias, salvo a fracassada tentativa de se unir à centro-direita. Escolheu o caminho de separar a centro-esquerda da esquerda e mesmo depois da trombada que levou de Maia e seus áulicos, ainda não se deu conta do mato sem cachorro em que se enfiou.

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O PCdoB, com muita honradez e legitimidade, lançou a candidatura de Manu para acumular forças e, agora, busca uma fórmula para tornar concreto seu discurso unitário. Sob forte pressão dos setores que embarcaram na última aventura cirista, a de colocar a esquerda sob o comando do centro e se associar à centro-direita, seu apelo à unidade continua vago.

E o PSOL segue seu caminho, com candidatura própria, mais de caráter simbólica, e enérgica defesa de Boulos ao direito de Lula ser candidato e à liberdade.

Não é hora, portanto, de sairmos da retórica para propostas concretas?

A do PT, goste-se ou não, está há meses em pauta.

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