Vamos levar a sério o clima no planeta?
Precisamos de mais COPs, tratados e ciência, pois vivemos uma era em que as ideologias podem vencer argumentos científicos
Como mensurar o que é bom para as pessoas? Com certeza as respostas vão variar em fatores que vão contribuir para o bem estar integral do ser humano. Podemos citar saúde física, saúde mental, comunidade e propósito na vida. Mas nada disso supera a própria existência. E nesse momento, nossa existência está em cheque com o quanto estamos esgotando recursos naturais, degradando os biomas, exterminando espécies e aumentando a temperatura planetária. O que sempre projetamos como apocalipse da espécie humana para um futuro longícuo, está mais próximo do que nunca.
Uma criança pequena diria, com a simplicidade de sua tenra idade, que o melhor é a mãe. É o máximo nos seus viveres de prazeres, que podem incluir um belo gol feito, o cheiro de terra depois da chuva, cheiro de livro novo, o orgulho de um desenho bem feito que leva aquela expressão de admiração do colega. Quando vemos o filme Não olhe para cima, de Adam McKay, quando astrônomos descobrem um meteorito que vai colidir com a Terra e não conseguem avisar a humanidade sobre a catástrofe, pois ficam no meio de uma guerra de narrativas. O que parecia ser simples de entender acaba sendo difícil. E é uma sátira sobre a relação da população diante dos problemas climáticos que já estão acontecendo.
Podemos lembrar que as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, onde as chuvas levaram trilhões de litros de água para o lago Guaíba, afetando mais de 60% do território estadual. O volume de chuva acabou com bairros, matou seres humanos, deixou a população em calamidade pública. Mas foi entregue um ano antes um relatório alertando sobre a possibilidade de um quadro anormal de chuvas na região para que pudessem trabalhar com antecedência a prevenção de danos. Nada foi feito e se gastou milhões em reconstrução.
A história se repete com o tornado no Paraná. Não estamos dando a devida importância aos impactos que se tornam cada vez mais frequentes de mudança climática, com climas extremos, mudança nos biomas, sem nenhuma precaução em prevenção e, sobretudo na articulação e união para salvar o planeta. Um estudo de 1978 fala do risco de criar um corredor de tornados no sul do Brasil, caso o agronegócio avançasse no desmatamento da mata nativa. Facilitamos a formação de tornados poderosos como acontecem nos Estados Unidos, com devastação da vegetação, fazendo com que o solo está fique mais quente facilitando a formação da capacidade destrutiva do fenômeno.
A COP30 chega com atenção fresca aos acontecimentos e quer ações mais práticas para salvarmos o planeta e consequentemente nossa existência. Indígenas do povo Kayapó reivindicaram visibilidade e ação pelos seus territórios, países como os Estados Unidos e China que não querem falar sobre a pauta ecológica, em meio a projetos de proteção o governador Helder Barbalho assinou contrato com a Hydro acusada de poluir o rio Murucupi e o quanto haverá compromisso mundial para com o relatório final.
A boa notícia é que existe um grande movimento mundial de enfrentamento para termos responsabilidade climática e sustentabilidade. A criação de um novo modelo de desenvolvimento do século XXI, com cidades inteligentes. Compromisso em reduzir emissões de gases do efeito estufa, preservar florestas e financiar ações climáticas de países em desenvolvimento, como a Amazônia e a França que agora acertaram um tratado de cooperação voltado ao desenvolvimento urbano sustentável e à preservação cultural.
Bom mesmo é o que deseja o jovem: Sexo. O objetivo final. Para isso, é preciso se organizar. Precisa de saúde mental, galanteio, muitas vezes atributos físicos e materiais tal qual um pavão exibindo suas penas a pavoa. Por isso, precisamos de mais COPs, tratados e ciência, pois vivemos uma era em que as ideologias podem vencer argumentos científicos. Quanto mais resistência mundial, menos poderemos fazer sexo. Prioridades.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

