Vazamentos gramaticais psíquicos
É preciso construir diques e resgatar o verdadeiro dialeto brasileiro corrompido por forças obtusas que obliteram a Democracia e ameaçam a nossa Civilização
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Nos pequenos intervalos que se davam durante os meus atendimentos psicológicos voluntários aos familiares das vítimas da tragédia em Brumadinho (MG), era comum o meu acesso às redes sociais para a verificação de novas demandas (WhatsApp, etc.) e para a atualização sobre a situação de calamidade pública na qual se encontrava (e ainda se encontra) o município onde trabalho e resido, buscando colaborar da melhor forma que eu poderia.
Fiz a publicação acima, no Facebook, no dia 27/01/2019, às 12:00 horas, após o misericordioso Presidente Jair anunciar a vinda de 140 soldados israelenses para “ajudar” no resgate de centenas de corpos desaparecidos na lama de rejeitos expelida por uma das barragens da Cia Vale (Córrego do Feijão) – uma de suas menores minas de minério de ferro.
Para um bom leitor, a crítica que faço diretamente no post não se refere a “ajuda” humanitária dos poucos soldados enviados por Israel, mas especificamente às condições trabalhistas em que se encontram os Militares, Civis e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, este sim, desde o dia 25/01/2019 até o presente momento, não vem medindo esforços humanos, técnicos e profissionais, diuturnamente, para o árduo e penoso trabalho de resgate dos desaparecidos, mesmo com os seus salários constantemente atrasados e o 13º de 2018, recentemente dividido em 11 parcelas pelo também misericordioso governador-empresário do estado de MG, eleito no último pleito na onda bolsonariana.
Após 3 dias de tropeços e atolamentos na lama tóxica da Vale, os soldados israelenses não suportaram mais a situação, pois apesar do alarde sensacionalista de suas técnicas imbatíveis, retornaram ao seu país, deixando na lama centenas de desaparecidos.
Se isso não foi apenas um ato político oportunista de Jair, é melhor pararmos imediatamente de utilizar o pensamento crítico e a razão consciente para guiar as nossas condutas e as nossas vidas, aliás o que já vem acontecendo no Brasil desde a ascensão eleitoral de Messias, incitando e permitindo, de forma especular, o vazamento da nova lama tóxica que invadiu grande parte das mentes brasileiras que se acham no direito de agredir e eliminar os diferentes, não poupando ninguém além de sua claque umbilical.
Se há um dique (barreira) que também precisa ser construído urgentemente, com certeza, será no psiquismo débil e ignóbil de certa parcela nonsense que se acha no direito bolsonita de agredir a Deus dará qualquer um que não apareça nas imagens de sua galeria de espelhos.
É preciso recolher os rejeitos mentais tóxicos denegatórios da castração (condição da existência da Civilização – que sempre aponta para um Outro, para a alteridade).
Tarefa impossível?
Abaixo algumas preciosidades regurgitas por estranhos agentes do “novo” Brasil:
Em respeito à família (avó, irmãs, sobrinho, etc.) da figura logo acima, ainda estou ponderando sobre o que fazer, mas creio que não há como ajudá-la neste momento, pois parece que a mesma faz parte de um exército de milhões de infectados pela barbaridade gramatical bolsonita.
O mais importante agora é combater as verdadeiras células subterrâneas onde foi editada essa nova gramática brasileira, da qual a figura exaltada acima é uma mera reprodutora ecolálica ressonante conforme o seu arsenal psíquico incontido e vazado em público.
É preciso construir diques e resgatar o verdadeiro dialeto brasileiro corrompido por forças obtusas que obliteram a Democracia e ameaçam a nossa Civilização.
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