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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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Vem aí o Brasil pós-golpe, profundamente democrático

"A direita mostrou o que tem a oferecer ao Brasil: recessão, desemprego, o governo mais corrupto da nossa história, o pior congresso, o pior judiciário, desprestígio externo, miséria para o povo, vergonha de ser brasileiro. Esgotou sua agenda. Por isso seus candidatos não têm o que dizer e não têm chance de ganhar", escreve o sociólogo Emir Sader; para ele, "o Brasil está pronto para retomar o caminho democrático que começou a trilhar em 2003 e que foi brutalmente interrompido pelo golpe de 2016"

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A direita mostrou o que tem a oferecer ao Brasil: recessão, desemprego, o governo mais corrupto da nossa história, o pior congresso, o pior judiciário, desprestígio externo, miséria para o povo, vergonha de ser brasileiro. Esgotou sua agenda. Por isso seus candidatos não têm o que dizer e não têm chance de ganhar.

A esquerda conquistou o direito de disputar de novo o governo do Brasil, apesar da brutal campanha midiática da direita e dos golpes judiciais contra o Lula e o PT. A esquerda se aproxima de ganhar de novo.

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Depois de quatro anos miseráveis para o Brasil e para o povo brasileiro, de destruição do que de melhor se tinha construído, de liquidação dos direitos históricos dos trabalhadores, a direita sairá derrotada fragorosamente das eleições de outubro. Mesmo com as limitações que impõe ao processo eleitoral, valendo-se dos espaços democráticos que a luta popular garante, os brasileiros vão manifestar sua decisão de que o país retome o caminho do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, dos direitos dos trabalhadores, da prioridade das políticas sociais, da política externa soberana.

Em suma, o Brasil está pronto para retomar o caminho democrático que começou a trilhar em 2003 e que foi brutalmente interrompido pelo golpe de 2016. Caminho que vai recomeçar pela eleição do novo presidente do Brasil e da sua posse a partir de primeiro de janeiro. Caminho que, para ser trilhado com sucesso, precisa de uma ampla frente nacional, que reúna todos os setores comprometidos com a restauração da democracia, do desenvolvimento econômico e das políticas sociais, dos direitos dos trabalhadores, da soberania externa.

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Se necessita dos mais amplos setores, porque o adversário é forte. Nao de apoio popular, mas pelo seu poder econômico, pelo seu poder midiático, pelo seu poder judicial. Será necessário contar com todos os setores que se oponham às políticas do governo golpista, para poder reconstruir um sistema político profundamente desarticulado, recompor a governabilidade a partir do referendo revogatório, recuperar o prestígio do Estado e das políticas públicas, resgatar a soberania e a imagem do Brasil no mundo.

O que significará essa nova etapa da democracia no Brasil? Tivemos um período de 1945 a 1964 de democracia política, depois desde 1985 a 2016 um novo ciclo democrático. Tivemos um período de ditadura militar de 1964 a 1985, outro desde 2016.

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Cada vez a redemocratização teve um sentido diferente. Na saída de ditadura, o Brasil retomou a democracia política, sem democratização econômica, social ou cultural. Esta vez a ruptura da democracia se deu depois do mais extenso e profundo processo de democratização social do país. O novo regime ditatorial assumiu a forma de um imenso retrocesso social, de uma verdadeira vingança contra os setores populares que tinham melhorado, pela primeira vez, suas condições de vida.

A ruptura da democracia em 2016 veio também depois de quatro derrotas eleitorais, com a consequente consciência da direita de que ela é minoria na sociedade e de que o golpe era a única maneira de chegar ao governo. A consciência dessa situação fez com que o governo atuasse de forma acelerada no desmonte do patrimônio público, dos direitos dos trabalhadores e das políticas sociais.

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A redemocratização posterior à ditadura militar teve um caráter de desmilitarização do Estado, de restabelecimento do sistema político liberal. Esta vez a redemocratização tem que ter um caráter muito mais amplo e profundo. Precisa significar a retomada do crescimento econômico, de proteção do patrimônio público, de novo ciclo de democratização social, mas também de democratização do Estado – incluindo o Judiciário – e do sistema político, bem como dos meios de comunicação.

A esquerda do século XXI é anti-neoliberal e profundamente democrática. Democratizar a sociedade é desmercantilizá-la, é estender os direitos para todos, é fazer do Estado um instrumento da democracia e não de repressão, de judicialização da política, de limitação dos direitos políticos da cidadania. A esquerda tem que se valer de todos os espaços democráticos ainda existentes e tratar de ampliá-los, de utilizá-los para canalizar a força popular na direção da democratização radical da sociedade.

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O Brasil está pronto para retomar a democracia, mediante o voto popular, pronto para derrotar e derrubar a direita, que usurpou o governo, ferindo a democracia e os interesses populares. Em poucos meses, em poucas semanas, o Brasil estará retomando o caminho da democracia e de um governo legítimo.

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