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Gilvandro Filho

Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo, onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”

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Vem aí o carnaval do apartheid e da turma dos camarotes

"Para o povo, não tem carnaval. Para a elite, tem sim senhor"

Carnaval de rua de São Paulo (Foto: Voney Malta)
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Por Gilvandro Filho, do Jornalistas pela Democracia

Nas portas do carnaval, nova insensatez. Por falta de coragem, por conivência ou participação nos lucros, os governos estaduais e municipais agem (alguns, nem isso ainda) para que a lenha quebre nas costas do mais fraco. Para o povo, não tem carnaval. Para a elite, tem sim senhor.

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Vários municípios já anunciaram a suspensão do “carnaval público" ou “oficial". O carnaval de rua, popular, está vetado. A folia nos camarotes, clubes, bailes fechados a quem pode pagar os tubos por um ingresso, esta continua valendo. Assim como no caso dos desfiles das grandes escolas. Mais uma vez, decisões são tomadas de modo a deixar o dinheiro da "grande festa popular" para os que ganham sempre, de um jeito ou de outro.

Isto já foi anunciado no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Salvador, na minha Olinda, no meu Recife. Os governantes foram ágeis em cancelar a festa pública. Para impedir a aglomeração nos recintos fechados, em festas com mil, 5 mil, 10 mil pessoas, nem pensar.

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Aqui em Pernambuco, uma associação de produtores culturais chegou a propor a realização de um baile único, aberto ao público, mas em recinto fechado, no parque de exposições de animais do Estado. Ideia mais maluca e irresponsável, impossível.

Está difícil para os governos entenderem que a Covid-19 está aí com tudo. No público e no privado. E que proibir o carnaval, em qualquer lugar e para qualquer tipo de público, é a única coisa sensata que se deve fazer. Não tem alternativa, se a prioridade for mesmo a saúde pública e se não quisermos aumentar ainda o número de casos e de óbitos.

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Os números das festas do final de ano  estão começando a aparecer e comprovam que de pouco valeu somente proibir queima de fogos. As providências básicas – uso de máscaras, isolamento, higiene – foram frouxas e o resultado se prenuncia trágico. O carnaval seria a oportunidade de corrigir as coisas. Mas, não aprendem nada, mesmo. Virou futebol, setor para o qual não existe pandemia.

Do jeito que a coisa vai, infelizmente, teremos carnaval, sim. Mas, o carnaval da elite, a festa dos ricos, do ingresso caro, das grandes produções e dos grandes produtores. Grande parte desses empresários está vinculada a aqueles que não têm coragem de, neste momento, impedir a folia dos seus apadrinhados.

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