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Adolfo Pérez Esquivel

Ativista de direitos humanos argentino, Nobel da Paz de 1980

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Venezuela e sua luta pela soberania

Nobel da Paz analisa posição da chancelaria argentina e lastima que país se some à condenação da Venezuela

(Foto: Divulgação Cebrapaz)
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Há dias em que se acorda mal, é quase um pesadelo, e não é um sonho, é a realidade que te golpeia quando se fica sabendo que o governo argentino votou contra a Venezuela, condenando sua política de direitos humanos, sem uma análise profunda da grave situação que vive o país irmão, baseando-se no informe da Alta Comissária das Nações Unidas Michelle Bachelet, e sem escutar outras vozes.

É um caminho errado e um perigo somar-se ao grupo de governos de direita que acompanham a agressão dos Estados Unidos contra a Venezuela. É preciso manter na memória os ataques dos Estados Unidos contra o governo de Hugo Chávez, com o objetivo de alcançar um golpe de Estado, e a intenção norte-americana de destruir e submeter o governo de Nicolás Maduro.

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Vários países europeus títeres da política dos Estados Unidos se somaram e condenaram a Venezuela e reconhecem um personagem em quem o povo venezuelano não votou, Guaidó, violando os direitos soberanos e pretendendo desconhecer as autoridades legítimas eleitas pelo povo.

A decisão do governo argentino de votar contra a Venezuela junto com governos golpistas que violam permanentemente os direitos humanos em seus países, como Chile, Peru, Equador, Brasil, Colômbia, entre outros, evidencia que a chancelaria argentina fez o mesmo que faria o governo Macri. É um grave retrocesso na política latino-americana violar o direito à soberania do povo venezuelano, em vez de apoiar um governo irmão que sempre foi solidário com nosso país.

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A embaixadora Alicia Castro apresentou sua renúncia por não compartilhar da decisão da chancelaria argentina em sua condenação à Venezuela. Alicia é uma pessoa que trabalhou pela unidade entre os povos irmãos da Argentina e da Venezuela.

O continente nos mostra a fragilidade das democracias, o Grupo de Lima está constituído por governos de países que seguem as diretivas do governo dos Estados Unidos e que guardam um silêncio cúmplice em relação ao bloqueio contra a Venezuela e as consequências econômicas e políticas que os norte- americanos provocam, num momento em que esses países enfrentam a pandemia da covid-19 e a falta de recursos para atender à população.

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Esses governos títeres guardam silêncio sobre o bloqueio a Cuba pelos Estados Unidos, por mais de 50 anos. Violam as decisões das Nações Unidas e os direitos do povo cubano.

Guardam silêncio sobre o golpe de Estado na Bolívia, que tem as digitais dos Estados Unidos, sobre a intervenção nos golpes contra Dilma Rousseff, no Brasil, impondo o “lawfare” para impedir que Lula possa apresentar-se como candidato nas eleições.

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É lamentável o proceder da chancelaria argentina e nos dói que o país some-se à condenação da Venezuela sem uma análise crítica mais profunda, para que não se perca o caminho da unidade e da liberação dos povos, em vez de submeter-se ao colonialismo que querem impor os Estados Unidos a nós, povos que buscam sua soberania e autodeterminação.

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