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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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Veto na ONU ao cessar-fogo mostra hipocrisia dos EUA e cumplicidade com terrorismo sionista

A posição dos Estados Unidos é escandalosa se considerarmos que a atual etapa do conflito, que já dura dois meses, trouxe mortes e destruição sem precedentes

Conselho de Segurança da ONU (Foto: Reuters/ag. Brasil )
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Por José Reinaldo Carvalho, 247 - Os Estados Unidos vetaram na última sexta-feira (8) mais um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU estabelecendo o cessar-fogo na guera genocida deflagrada pelo Estado sionista israelense contra o povo palestino. A resolução que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, de autoria dos Emirados Árabes Unidos, e que foi apoiada por quase uma centena de Estados-membros, foi rejeitada com o veto dos Estados Unidos e a abstenção do Reino Unido, contra 13 votos favoráveis.

A intolerável cumplicidade dos Estados Unidos com o genocídio do povo palestino por Israel foi reiterada desta vez a despeito do veemente apelo do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que invocou pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral, o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, pedindo ao Conselho de Segurança, o único órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo, que "evitasse uma catástrofe humanitária" na Faixa de Gaza e aprovasse um cessar-fogo. Guterres explicou que invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas devido ao "ponto de ruptura" em Gaza, denunciando o elevado risco de "colapso total do sistema de apoio humanitário". 

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O projeto de resolução manifestava "grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestina", sublinhava que "as populações civis palestinas e israelenses deveriam ser protegidas de acordo com o direito humanitário internacional" e exigia um cessar-fogo humanitário imediato. Exigia também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a garantia de acesso humanitário. 

A posição dos Estados Unidos é escandalosa se considerarmos que a atual etapa do conflito, que já dura dois meses, trouxe mortes e destruição sem precedentes com o cometimento de reiterados crimes de lesa-humanidade por parte de Israel. Desde que as hostilidades se intensificaram no início de outubro, mais de 17.000 palestinos foram mortos, incluindo mais de 4.000 mulheres e 7.000 crianças. Dezenas de milhares estão feridos, e muitos estão desaparecidos, presumivelmente sob os escombros. Diante do quadro dantesco resultante dos crimes perpetrados por Israel, não há argumento que justifique o veto dos Estados Unidos. 

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Não passam de palavras hipócritas jogadas ao vento as declarações do chefe da Casa Branca, Joe Biden, e de seu secretário de Estado Antony Blinken quando afirmam estar preocupados com a situação humanitária em Gaza e com o respeito aos direitos humanos. Também são injustificáveis as declarações de figuras dos movimentos progressistas e de esquerda em diferentes partes do mundo e distintas forças políticas que buscam justificar o terrorismo israelense com o direito de defesa contra as ações supostamente terroristas do Hamas no dia 7 de outubro. 

O terrorismo israelense precisa ser detido. O primeiro passo para isso é o cessar-fogo imediato, para em seguida continuar a luta por uma solução de fundo ao conflito que consiste na conquista da independência da Palestina, a criação de seu Estado soberano, com as fronteiras anteriores a 1967, capital em Jerusalém Leste e o retorno dos refugiados. 

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