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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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Visitando Magno Malta na Wikipédia

"Reproduzo aqui alguns trechos biográficos do senador, segundo a enciclopédia livre, à guisa de aculturamento"

Magno Malta (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)
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Magno Malta é um símbolo. Encarna o oportunismo político de alguns pastores evangélicos que, com a Bíblia nas mãos, apregoam seu medievalismo. Tempero do Mundo era o nome da banda gospel que integrou, cujo repertório este colunista nunca ouviu, por graça divina. Temperar o mundo com obscurantismo é a missão dele e de assemelhados.

A fala de Malta sobre o caso Vini Jr. foi repulsiva, como tem sido repulsiva toda sua atuação parlamentar. Em 2016, comparou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff a um “enterro de indigente”. 

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A Wikipédia lembra hoje que o perfil de Magno Malta na enciclopédia livre, em 2016, “foi adulterado por um computador localizado dentro do Senado Federal, e todos os seus escândalos contidos no verbete foram apagados”. 

A capivara de Malta havia sumido da Wikipédia, mas, ao que parece, foi restaurada. Reproduzo aqui alguns trechos biográficos do senador, segundo a enciclopédia livre, à guisa de aculturamento:

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Acusações de denúncia falsa e tortura: Em setembro de 2018, o ex-cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima acusou o político de tê-lo torturado a ponto de quase ter sido morto, após acusá-lo de ter estuprado da própria filha. Magno Malta convocou a imprensa acusando o cobrador de estuprador, sendo apresentado pela mídia como o herói que denunciou o caso. Face às provas que indicavam não ter havido violência contra a menor, Luíz Alves de Lima foi absolvido em 2016. Praticamente cego, devido às torturas a que foi submetido, e sem condições de voltar a trabalhar, restou-lhe buscar indenização ao Estado, ficando com um pensão de R$ 2 mil mensais.

Ministério dos Transportes: O chamado "escândalo do Ministério dos Transportes" revelou acertos entre empreiteiras com o PR, partido de Magno Malta, que receberia propinas em troca de obras superfaturadas. O escândalo derrubou o ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e Geraldo Lourenço, diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), indicado por Magno Malta. Outra indicação do senador no Ministério foi seu próprio irmão, Maurício Pereira Malta, para o cargo de chefia da assessoria parlamentar do Dnit, que cuida dos interesses dos parlamentares ligados às obras do Orçamento.

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"Sanguessugas": Em 2007, seu nome foi envolvido entre os políticos que desviaram recursos públicos destinados à compra de ambulâncias no Ministério da Saúde. A família Ventoin, dona da empresa Planam, afirmou ter dado um Fiat Ducato para Malta como parte do pagamento de propina pela apresentação e liberação de uma emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias. Chegou a ser indiciado pela CPI dos Sanguessugas, mas acabou absolvido na Comissão de Ética do Senado, que seguiu o parecer do relator Demóstenes Torres, que orientava arquivamento por falta de provas, em 28 de novembro daquele ano, juntamente com os dois outros senadores acusados: Ney Suassuna e Serys Slhessarenko.

Atos secretos: O nome de Magno Malta também aparece entre os beneficiados dos atos secretos que vieram a público após uma série de denúncias sobre a não publicação de atos administrativos, tais como de nepotismo e medidas impopulares, por exemplo, a extensão da assistência odontológica e psicológica vitalícia a cônjuges de ex-parlamentares, como noticiado na mídia em junho de 2009. O então professor da Faculdade de Direito da UERJ, Gustavo Binenbojm afirmou "A não publicação é o caminho mais usado para a prática de improbidade administrativa. Evita o conhecimento da sociedade e dos órgãos de controle. Provavelmente foi este o objetivo". Investigações internas do Senado, motivadas pelas denúncias, apontaram irregularidades em todos os contratos de prestação de mão de obra.

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Recebimento de valores não declarados: Em agosto de 2016, a Folha de S. Paulo publica trechos de e-mails enviados em 8 de setembro de 2014, indicando um suposto repasse de 100 mil reais não declarados a Magno Malta. Nota fiscal referente a uma consultoria prestada à fabricante de móveis Itatiaia com valor superior ao que seria recebido (nota fria) seria utilizada para a operação. O senador negou, por nota à imprensa, o recebimento de dinheiro da Itatiaia e ressaltou não ter cometido crime algum, relacionando as acusações à exposição de sua imagem durante o impeachment de Dilma Rousseff.

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