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Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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Viva a democracia!

O amor vencerá o ódio em 30 de outubro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Mariana Greif)
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A votação de 2 de outubro confirmou a preferência da maioria do povo brasileiro ao projeto popular e inclusivo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de 57 milhões de brasileiros apertaram o “confirme” para o ex-torneiro mecânico, filho de dona Lindu, cujo o primeiro diploma que recebeu foi o de presidente da República, em 2003. 

Com uma votação surpreendente, Lula recebeu mais votos que qualquer outro candidato à Presidência num 1º turno, desde a redemocratização do país.  

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Também é a primeira vez que um presidente, candidato à reeleição, estando à frente da ‘máquina pública’, sai em desvantagem para um 2º turno, perdendo por mais de 6 milhões de votos.  

Mas o resultado não é de se admirar. Lula, esse pernambucano, de Caetés, que foi levado para São Paulo ainda criança, foi o melhor presidente da história do Brasil. Além de tirar o país do mapa da fome e nos elevar a 6ª posição no ranking global de economias – desbancando a Grã-Bretanha -, ele encurtou as diferenças sociais e ofereceu oportunidades aos invisibilizados. 

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No período em que esteve à frente do Poder Executivo – oito anos findos em dezembro de 2010 -, houve queda de 50,64% na pobreza, segundo dados do IBGE e estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Os números mostram que 36 milhões de brasileiros e brasileiras foram resgatados da extrema pobreza e outros 42 milhões ascenderam à classe C, graças a uma política consistente de transferência de renda, aliada a aumentos reais do salário mínimo, incentivo ao consumo interno e a garantia dos direitos à moradia, saúde e educação. 

O Bolsa Família, programa criado por Lula para a superação da pobreza, foi eleito a melhor estratégia de distribuição de renda do mundo, promovendo a inclusão de seus beneficiários no mercado de trabalho e a qualificação profissional através do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Feitos que levaram, o então presidente, a receber o título de Campeão Mundial na Luta Contra Fome, entregue pela ONU em 2010. 

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E no mundo do trabalho não foi diferente. Articulador nato, transitou com tranquilidade entre todos os setores, dialogando com trabalhadores, adversários políticos, banqueiros, investidores e empresários, e elevou o PIB da nação em 7,5%, gerando mais de 20 milhões de novos empregos. 

Além disso, foi durante os governos petistas que a classe trabalhadora, através de garantias legais, consolidou conquistas históricas de proteção contra a precarização dos direitos trabalhistas. Leis como a que instituiu o piso nacional dos professores; que reconheceu e regulamentou a profissão do comerciário; que institui o sistema de inclusão previdenciária para os trabalhadores de baixa renda; que regulamentou o trabalho doméstico; e que garantiu o adicional de periculosidade para os vigilantes, são apenas alguns exemplos. 

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Já Bolsonaro fez o caminho inverso. Durante os quase quatro anos que esteve à frente da Presidência da República, o capitão reformado devolveu o país ao mapa da fome. Sua ingerência levou a um escalada abrupta da miséria, com uma inflação galopante e o desemprego em massa.  

Sua figura malfazeja e sem credibilidade atraiu a aversão da imprensa e de líderes mundiais, e transformou nossa nação numa grande piada global, subjugada aos Estados Unidos e vulnerável frente aos demais países que nos respeitavam num passado nem tão distante.

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De forma irresponsável, ele destruiu o Bolsa Família e o substituiu por um programa eleitoreiro, com vigência até dezembro de 2022. Segundo um balanço feito pela Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), cerca de 30 milhões de pessoas que precisam de ajuda não tiveram acesso ao benefício, enquanto mais de cinco milhões foram beneficiadas de forma irregular.

Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu que Bolsonaro pagou o auxílio indevido para militares, empregados do governo, políticos ocupando cargo eletivo, além de 135,7 mil pessoas mortas, gerando um prejuízo de R$ 9,4 bilhões aos cofres públicos.  

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Enquanto isso, o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Brasil, lançado em junho desse ano, mostra que 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer. O aumento foi de 14 milhões somente nesse último ano. A pesquisa mostra, ainda, que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com algum grau de insegurança alimentar, seja leve, moderada, ou a forma grave conhecida como fome. O estudo mostra que o país regrediu a um patamar equivalente ao da década de 1990, ou seja, retrocedeu mais de 30 anos. 

Os dados de desemprego durante o governo Bolsonaro também são alarmantes e o número de desempregados chega a 14 milhões. E os que ainda estão empregados, passaram a ser reféns do aprofundamento da reforma trabalhista que, por si só, já foi terrível para a classe trabalhadora, mas com Bolsonaro e suas medidas provisórias, conseguiu ficar muito pior.  

E para lacrar o pacote, uma breve pincelada nas prioridades do atual presidente da República. Para custear o famigerado orçamento secreto, no valor de R$ 19,4 bilhões, o capitão reformado sacrificou os recursos destinados à prevenção e controle do câncer que, historicamente, é a segunda doença que mais mata no país. Além dos cortes em outras áreas essenciais como os R$ 2,4 bilhões suprimidos do Ministério da Educação, ameaçando o fechamento de escolas, institutos e universidades federais, e os alarmantes 98% retirados do orçamento do combate à violência contra a mulher, justo num momento em que o feminicídio apresenta um aumento de 35%. 

Como para fatos não há argumentos, a campanha dos dois candidatos segue no 2º turno. Lula apresentando propostas e se comprometendo a devolver o país ao caminho do desenvolvimento, como fez em 2003, ao assumir a Presidência, e Bolsonaro a espalhar mentiras absurdas - Fake News - e usar o recurso do orçamento secreto para aliciar apoiadores e comprar votos.  

E, abrindo um parênteses sobre a acusação do parágrafo anterior, se ele se sentir ofendido que quebre o sigilo do tal orçamento e prove que estou errado. Simples assim! 

Mas todo esse comparativo é para dizer que o amor vencerá o ódio em 30 de outubro. Que a partir de 1º de janeiro de 2023 a democracia será restaurada, na mesma data em que Lula decretará a quebra do sigilo de 100 imposto pelo ex-capitão a toda comprovação de seus atos ilícitos, bem como os de sua família.  

E, nesse dia glorioso, veremos Lula com a faixa presidencial subindo a rampa do Planalto, enquanto Bolsonaro, sem seu foro privilegiado, será obrigado a responder por todos os seus incontáveis crimes. 

E viva a democracia! 

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