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Evilázio Gonzaga Alves

Jornalista, publicitário e especialista em marketing e comunicação digital

48 artigos

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Zema começa campanha eleitoral

O governador de Minas Gerais começa sua campanha antes do período autorizado pelo TSE. Sem ter o que mostrar, pois fez péssimo governo, Zema lança um personagem para enganar o eleitor: o bilionário que finge ser pobre

Um relatório do Ministério Público de MG traz apontamentos preocupantes: a secretaria estaria criando diversas exceções e tornando a lei muito “flexível” (Foto: RENATO COBUCCI-Imprensa MG)
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Zema, o governador bilionário fez questão de filmar uma cena, na qual lavava as louças de sua casa, que ele fez questão de dizer que era “alugada e paga do seu bolso”. Pelo roteiro que leu ou interpretou, provavelmente redigido por seus marqueteiros, Zema tenta transformar uma atitude tão comum e corriqueira, para milhões de famílias, em algo extraordinário. 

O cidadão comum não vê nada de excepcional em lavar as louças, portanto se para Zema isso é incomum ao ponto de produzir uma propaganda para suas redes sociais, é porque ele não faz isso no dia a dia. Ou seja, o herdeiro bilionário de Araxá começou sua campanha com fake news.  

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O FALSO HOMEM SIMPLES

No começo da pandemia, dispensamos a ajudante aqui de casa, mantendo sua remuneração integral. A partir do início deste ano, ela voltou, porém, apenas três dias por semana. Eu, minha mulher e meu filho trabalhamos, cozinhamos, arrumamos, colocamos a roupa na máquina e lavamos a louça. Nada de mais nisso, pois é a vida de um adulto funcional, no século 21. 

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Milhões de famílias adotaram o mesmo procedimento em todo o mundo, sendo que nos países mais civilizados era um comportamento padrão.

Porém, o governador bilionário Zema fez questão de filmar enquanto ele lavava as louças da casa dele. Pelo roteiro que leu ou interpretou, provavelmente redigido por seus marqueteiros, Zema tenta transformar essa coisa tão comum e corriqueira de lavar louças em algo extraordinário. 

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Este contexto revela que para Zema lavar pratos é algo excepcional para ele, ou fora do normal na sua vida de bilionário, herdeiro de um grupo que teve apenas uma das suas empresas faturando mais de R$ 1 bilhão, em 2022. 

De fato, deve ser realmente fora do normal ele cuidar de sua verdadeira casa, uma mansão nababesca, em Araxá, que possui todo o tipo de mordomias, nos seus mais de 6,5 mil metros quadrados. Será preciso ser muito ingênuo, para acreditar que o bilionário herdeiro cuida desta imensa propriedade urbana sozinho com a sua família. 

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ZEMA DESPREZA AS TRADIÇÕES MINEIRAS

Zema começou a divulgar vídeos como este para iniciar sua campanha para a reeleição ao Palácio da Liberdade – endereço que ele despreza, devido à sua indigência cultural que o impede de conhecer a importância histórica e política do local. Ele prefere usar como sede do governo mineiro a faraônica Cidade Administrativa, obra eleitoreira e construída de maneira suspeita (há processos de corrupção do MPF), pelo amigo de Zema, o também bolsonarista Aécio Neves. 

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É bastante provável que o governador bilionário prefira a Cidade Administrativa, porque o endereço está ao lado do Aeroporto de Confins, o que facilita sua ida com frequência à Araxá. É um comportamento muito parecido com o de Aécio Neves, que zarpava para o Rio de Janeiro, em todos os fins de semana do seu mandato como governador, muitas vezes para estadias prolongadas. 

A intenção de Zema, com os filmes em que finge se comportar como um ser humano normal é já começar a preparação do personagem que ele pretende interpretar na sua campanha eleitoral: o homem simples do povo, algo que do alto dos seus incontáveis bilhões, ele não é.

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BILIONÁRIO CRIA PERSONAGEM PARA ENGANAR O ELEITOR

Se transformando em um personagem de uma narrativa, ou seja, em uma ficção que não tem consistência na realidade, o herdeiro bilionário de Araxá simplesmente mente, para enganar o eleitor. Sua atitude comprova que ele utiliza os mesmos métodos do seu mentor, Bolsonaro, ao qual Zema se agarrou, para se eleger.

Bolsonaro se elegeu com base em mentiras e levou muita gente com ele, sendo o bilionário governador de Minas um deles.

Os filmes que Zema divulga agora, além de serem conteúdos de assustadora hipocrisia, revelam que ele pretende continuar utilizando fake news como arma política.

A estratégia de procurar enganar o cidadão decorre da inutilidade que foi a gestão do milionário. Minas vive um bom momento das commodities agrárias e minerais, além do aumento da demanda do aço das siderúrgicas mineiras. Mesmo assim, a principal característica do governo mineiro – que tem atualmente o comando de fato dividido entre um grupo de empresários bucaneiros de São Paulo e o velho grupo predador aecista – é a inoperância. 

Os dois grupos que mantém uma aliança desconfiada entre si não se preocupam é governar e estão focados no butim que será decorrente da privatização das grandes estatais mineiras, principalmente a Cemig (que leva como brinde a Taesa, maior empresa de transmissão de energia elétrica do país) e a Copasa, a melhor operadora de fornecimento de água e saneamento do Brasil.

PEDALADAS FISCAIS GRAVES 

Com o objetivo de facilitar a pilhagem valioso do patrimônio dos mineiros, os grupos que governam para o herdeiro bilionário, estabelecerem uma meta secundária que é a reeleição, pois assim terão mais tempo, para operar o plano de liquidar as empresas mineiras. Para viabilizar o projeto de reeleição de um governo que nada fez, os marketeiros do governador, que são os mesmos que trabalham para Aécio e Anastasia, criaram narrativas contaminadas de falsificações, para enganar o eleitorado.

Para exemplificar o desastre que foi o governo Zema, há, entre outros episódios, a falta de ação contra a pandemia do Covid19 e sua sugestão de “deixar o vírus viajar por aí”. A tradução do episódio é que o bilionário governador de Minas Gerais, seguiu à risca as receitas bolsonaristas, inclusive a terrível imunidade de rebanho, que é alvo da CPI da Covid, no Senado Federal. 

Antes disso, o herdeiro de Araxá, que governa o estado, deu perversas declarações após o desastre da represa da Vale em Brumadinho, que chocaram as famílias das vítimas e a sociedade mineira. 

Recentemente, o governo do bilionário anunciou o fim do parcelamento do salário dos servidores, uma herança que é produto do rombo nas contas do estado, deixado pelas gestões Aécio e Anastasia. É uma boa notícia para o funcionalismo, que por outro lado lamenta o congelamento salarial há anos. Porém, o herdeiro resolve o problema dos funcionários com os recursos dos depósitos judiciais, o que é crime. Foram R$ 7 bilhões surrupiados das contas judiciais. 

Pressionado o governo do bilionário é obrigado a repor o saldo dos depósitos judiciais, pois existem milhares de cidadãos sem receber, após ganhares suas ações na justiça. Porém, em mais uma pedalada fiscal, para fugir de sua responsabilidade, Zema parcela a restituição do dinheiro da justiça, o que dificulta o pagamento às pessoas que têm direito aos recursos. Para piorar faz isso utilizando o dinheiro da indenização da Vale, que deveria ir para a reparação ambiental, social e econômica dos crimes cometidos pela empresa no estado. 

Pelo visto, a estratégia dos marqueteiros que Zema compartilha com Aécio, é fugir das discussões sobre o governo, que sob qualquer ponto de vista foi o pior da história de Minas Gerais, para isso criaram um curioso personagem para Zema interpretar: o bilionário pobre.  

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