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BNDES, Petrobras e Finep escolhem Valetec para gerir fundo de transição energética

Valetec lidera seleção do FIP Transição Energética, que investirá R$ 500 milhões em empresas voltadas à descarbonização e tecnologias limpas no Brasil

Parceria entre Petrobras e Banco do Brasil visa desenvolvimento de projetos voltados à descarbonização e à preservação de biodiversidade (Foto: João Stutz)

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram nesta segunda-feira, 20 de outubro, a seleção da gestora Valetec como vencedora da chamada pública para a estruturação do Fundo de Investimento em Participações nos setores de Transição Energética e Descarbonização (FIP Transição Energética)

O fundo, lançado oficialmente em junho de 2025, é uma iniciativa inédita de cooperação entre o BNDES, Petrobras e Finep, com foco no fomento a empresas brasileiras de base tecnológica voltadas à transição energética e à redução de emissões de carbono. A Valetec foi a melhor avaliada entre os concorrentes, seguida pelo consórcio Ahead Ventures e Aecom e pela Lightrock, que ficou em terceiro lugar. A próxima etapa será a rodada final de negociações contratuais e de diligências legais.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a criação do fundo é um passo fundamental na agenda de sustentabilidade e inovação do banco.

 “Avançamos em mais uma etapa, que representa um marco na atuação do BNDES em prol da descarbonização da economia brasileira. Estamos mobilizando o mercado de capitais para acelerar investimentos em tecnologias limpas, energias renováveis e soluções que garantam segurança energética ao país. Essa iniciativa reforça o compromisso do governo do presidente Lula com um futuro sustentável, competitivo e alinhado às metas climáticas globais”, afirmou Mercadante.

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, ressaltou que o edital atraiu grande interesse do mercado e está alinhado às prioridades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

 “Transição energética e descarbonização são temas atuais, com grandes impactos no futuro e que serão prioritários nas discussões da COP30. Este edital teve recorde de propostas recebidas para gestão deste FIP e agora nossa expectativa é que os recursos sejam aplicados nestas temáticas tão relevantes, reforçando o apoio do FNDCT, Finep e MCTI, alinhados à missão 5 da NIB”, declarou.

Para a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, o fundo reforça o protagonismo da estatal na transformação do setor energético brasileiro.

 “A consolidação desta etapa de seleção da gestora do fundo representa mais um passo concreto da Petrobras e reforça seu papel na liderança da transição energética justa. Ao apoiar empresas inovadoras, aceleramos soluções sustentáveis que contribuem para o desenvolvimento do Brasil”, disse Laureano.

O FIP Transição Energética terá capital alvo de R$ 500 milhões, com um valor mínimo de R$ 240 milhões para o início das operações. A BNDES Participações (BNDESPAR) deverá aportar entre R$ 50 milhões e R$ 125 milhões, limitado a 25% do fundo. A Petrobras poderá investir até R$ 250 milhões, representando até 49% da composição, enquanto a Finep, com recursos do FNDCT, disponibilizará até R$ 60 milhões.

Além dos cotistas-âncora, o fundo tem potencial para atrair novos investidores interessados em setores estratégicos da economia verde. O objetivo é investir em cerca de 15 micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) que já possuam produtos validados e receitas recorrentes, atuando nas áreas de geração de energia renovável, armazenamento de energia, eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura e estocagem de carbono (CCUS) e descarbonização industrial.