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Governos federal e do Pará lançarão modelo inédito de restauração de florestas desmatadas

Ideia é conceder milhares de hectares para empresas que, em troca de restaurar florestas destruídas, poderão faturar com a venda de créditos de carbono

Vista de área desmatada da Amazônia na cidade de Humaitá, no estado do Amazonas 07/08/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O governo federal e o estado do Pará devem implementar projetos que permitem a entrega de florestas desmatadas para a iniciativa privada, com o objetivo de restaurá-las e poder faturar com a venda de créditos de carbono, informa reportagem da Folha de S.Paulo. Até então, esses créditos eram gerados em áreas privadas arrendadas ou compradas pelas desenvolvedoras, sem interferência pública. Agora, a partir do novo modelo, os créditos poderão ser gerados em áreas públicas, desde que parte do faturamento com a venda dos créditos vá para os governos.

Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida ou que foi absorvida da atmosfera. Como as árvores absorvem carbono no processo de fotossíntese, a restauração de florestas ajuda na absorção desse gás –responsável pelo aquecimento global.

Segundo a reportagem, o governo federal deve lançar ainda neste semestre o edital para conceder 15 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. O governo Lula teria a meta de até o ano que vem entregar cerca de 350 mil hectares de floresta pública para a iniciativa privada. No caso do Pará, por exemplo, as desenvolvedoras de crédito de carbono interessadas em assumir um projeto em Altamira têm até o final de março para enviar seus lances. Vencerá a licitação quem oferecer a maior outorga variável, atrelada à receita anual da empresa.