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Brasil

8/11/2011, o dia mais longo da história da USP

Termina em greve geral o dia que comeou s 5h, com a desocupao do prdio da reitoria pela tropa de choque da polcia; grupo de estudantes no desistiu de protestar contra presena da polcia do campus e, agora,quera renncia do reitor Joo Grandino Rodas

8/11/2011, o dia mais longo da história da USP (Foto: TIAGO QUEIROZ/AGÊNCIA ESTADO)
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247 - O dia que começou com a retirada a força de estudantes que ocupavam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) terminou em greve geral. Insatisfeito com a presença da Polícia Militar no campus, um grupo de estudantes se organizou, primeiro, para ocupar o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Votada a desocupação do prédio, uma minoria composta por 72 alunos invadiu e ocupou o prédio da reitoria por cinco dias, até ser retirada a força pela tropa de choque da polícia. Sem ter mais o que ocupar, os estudantes resolveram se retirar de vez e decretaram uma greve que já começa nesta quarta-feira.

Os estudantes insatisfeitos aproveitaram assembleia organizada na noite desta terça-feira -- segundo eles, compareceram entre 2 mil e 3 mil alunos -- para aumentar a pauta de reivindicações. Agora, para dar fim aos protestos, eles só pretendem voltar às aulas depois que o reitor João Grandino Rodas renunciar ao cargo. Os estudantes que estavam presos foram soltos após o pagamento da fiança.

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Na USP, visitada na tarde desta terça-feira pela reportagem do 247, o clima é de apreensão. Uma estudante de artes plásticas que preferiu não se identificar falou ao 247: “Este reitor, que implementou o convênio com a PM, não tem nenhuma legitimidade democrática na universidade; ele tem uma inteligência reacionária e processou diversos alunos por uma movimentação politica”, afirma. “É uma inocência achar que ele fez isso (presença da PM no campus) por segurança, foi um oportunismo, pois ele se aproveitou de uma morte para fazer este convênio”. Em setembro deste ano, um aluno foi baleado e morto quando deixava a USP.

Diversos estudantes defendem um policiamento comunitário na USP e têm sido tratados como “maconheiros” e “vagabundos” pelos que defendem uma presença mais ativa da PM no campus – neste mês, três estudantes foram presos fumando maconha na universidade.

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Divisão interna

Alguns estudantes que ocupavam a reitoria falaram que a PM entrou no edifício por volta das cinco horas da manhã arrombando portas e utilizando spray de pimenta para tomar posse do local. Um aluno de Ciências Sociais ilustrou a situação: “Cheguei por volta das 6 horas da manhã e esta rua (em frente ao prédio da reitoria) parecia um campo de batalha, com vários helicópteros da policia, dezenas de viaturas, era realmente uma cena de guerra”. Os estudantes que ocuparam a reitoria estavam preparados com dezenas de coquetéis molotov e bombas caseiras, mas foram surpreendidos pela PM. Eles defendem a melhoria da guarda universitária, aumento da iluminação do campus e alternativas de transporte na USP.

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Na Universidade de São Paulo há uma divisão entre os que são a favor da presença da Policia Militar no campus, liderados pelos alunos da Faculdade de Economia e Administração, a FEA, e os que condenam esse policiamento ostensivo. Brian Ogundairo, estudante do primeiro ano de Administração, defende a ideia da PM estar na USP. “Apesar da PM não saber lidar com estudantes, é necessário porque querendo ou não a Guarda Universitária não é preparada para combater criminosos de verdade”. A maioria que é contra é formada por estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Brian também disse que estes alunos já hostilizaram os alunos da FEA por apoiarem a presença da PM na USP.

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