‘A classe média é feita de imbecil. Não há alternativa à soberania popular’
A sociólogo Jessé Souza, que em agosto lança novo livro, A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato, afirma que "uma ínfima elite econômica se une uma classe, que podemos chamar de média, detentora do conhecimento tido como legítimo e prestigioso. Ela também compõe a casta de privilegiados"; de acordo com o estudioso, "a classe média é feita de imbecil"; "Não existe alternativa à soberania popular. Só ela serve como base de qualquer poder legítimo"; segundo ele, o "moralismo seletivo tem servido para atingir os principais agentes dessa pequena ascensão social, Lula e o PT"
247 - O sociólogo Jésse Souza, que em, agosto, lança novo livro, A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato, que "uma ínfima elite econômica se une uma classe, que podemos chamar de média, detentora do conhecimento tido como legítimo e prestigioso. Ela também compõe a casta de privilegiados. São juízes, jornalistas, professores universitários. O capital econômico e o cultural serão as forças de reprodução do sistema no Brasil". A entrevista foi concedida à Carta Capital.
De acordo com o estudioso, "a classe média é feita de imbecil". "Não existe alternativa à soberania popular. Só ela serve como base de qualquer poder legítimo. Essa mídia venal, que nunca foi emancipadora, montou um teatro, uma farsa de proporções gigantescas, em torno dessa soberania virtual", diz. "O ódio aos pobres é tão intenso que qualquer melhora na miséria gera reação violenta, apoiada pela mídia. E o tipo de rapina econômica de curto prazo que também reflete o mesmo padrão do escravismo", acrescenta.
O sociólogo diz afirma, ainda, que o "moralismo seletivo tem servido para atingir os principais agentes dessa pequena ascensão social, Lula e o PT". "São o alvo da ira em um sistema político montado para ser corrompido, não por indivíduos, mas pelo mercado. São os grandes oligopólios e o sistema financeiro que mandam no País e que promovem a verdadeira corrupção, quantitativamente muito maior do que essa merreca exposta pela Lava Jato. O procurador-geral, Rodrigo Janot, comemora a devolução de 1 bilhão de reais aos cofres públicos com a operação. Só em juros e isenções fiscais o Brasil perde mil vezes mais".
Leia a íntegra da entrevista
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