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Brasil

A culpa foi do #elenão?

Duas pesquisas apontaram crescimento de Jair Bolsonaro após protestos que levaram às ruas centenas de milhares de pessoas contra sua candidatura, no Brasil e no exterior, diante de uma estagnação de Fernando Haddad, do PT, um movimento que não ocorria há mais de uma semana; nesta terça, o candidato do PDT, Ciro Gomes, descreveu as mobilizações como um "erro", por colocarem Bolsonaro no destaque do debate presidencial; Guilherme Boulos rebateu: "Equívoco é desrespeitar a corajosa luta das mulheres contra o fascismo e mudar de opinião por conta de pesquisa eleitoral"

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247 - No último 29 de setembro, as forças da esquerda ficaram sensibilizadas com o poder das mobilizações inéditas na política brasileira que, pela primeira vez, se voltaram contra uma candidatura, e não a favor de alguma. Protagonizados por mulheres, mas com grande adesão de homens - em alguns lugares, mal se sabia que a iniciativa era feminina, tão dividido era o público - atos tomaram as ruas no sábado contra o fascismo, a misoginia, o racismo, a homofobia e as políticas no geral de Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República.

No dia seguinte, o efeito que se esperava nas pesquisas, nas quais Bolsonaro aparecia estagnado há mais de uma semana, apenas observando o crescimento de Fernando Haddad (PT), que se consolidava no segundo turno, foi o inverso na pesquisa Ibope. Pela primeira vez em vários dias, o 'Coiso', como passou a ser chamado nas manifestações e nas redes sociais pelos críticos à sua candidatura, cresceu quatro pontos, para 31%, enquanto o petista manteve os mesmos 21%. A rejeição ao candidato do ex-presidente Lula subiu impressionantes 11 pontos.

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Nesta terça-feira 2, após questionamentos e desconfianças sobre o levantamento que mudou completamente a tendência no dia anterior, uma pesquisa do Datafolha confirmou o caminho do voto a cinco dias das eleições: Bolsonaro também cresceu quatro pontos, para 32%, e Haddad oscilou negativamente, de 22% para 21%. A rejeição a Haddad subiu nove pontos, também confirmando a tendência do antipetismo ganhando força, e revelando talvez uma reação negativa à mobilização em maior parte promovida pela esquerda - embora as(os) manifestantes declaravam seu voto até em João Amoêdo, do Partido NOVO. 

Em terceiro lugar nas pesquisas, o candidato do PDT, Ciro Gomes, classificou as mobilizações como um "erro", por não declararem apoio a um projeto e, assim, acabarem colocando o candidato do fascismo em destaque. "O Bolsonaro virou uma menção de tudo o que está acontecendo e é um erro. Por exemplo, quando as pessoas vão em massa às ruas ao invés de afirmar um 'sim' para um projeto, para uma alternativa, todo mundo foi falar 'ele não'. Ou seja, todo mundo estava dizendo que o Bolsonaro virou uma referência para o debate nacional. E estou tentando mostrar que esse é um grosseiro equívoco, e que está convidando o País para bailar na beira do abismo. Porque essa confrontação odienta, anti-PT e Bolsonaro, vai precipitar o Brasil num precipício muito grave", declarou, segundo reportagem da CBN (ouça aqui).

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O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, rebateu Ciro no Twitter: "Ciro resolveu chamar as manifestações do #EleNão de "grosseiro equívoco". Equívoco é desrespeitar a corajosa luta das mulheres contra o fascismo e mudar de opinião por conta de pesquisa eleitoral".

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo após a pesquisa Datafolha, os diretores do instituto Mauro Paulino e Alessandro Janoni avaliaram que uma "reação conservadora e antipetista alavanca Bolsonaro".

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